Que atire a primeira pedra quem nunca ouviu uma piada quando o assunto é o exame de toque, aquele que avalia a condição da próstata. O preconceito que ronda esse procedimento afasta os homens da realização do exame, criando mais um problema de saúde pública. Isso porque o tumor na próstata é o segundo mais comum entre os brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Todos sabem, mas não custa repetir: quanto mais cedo ele for identificado, maiores são as chances de cura.
Os números mostram que os homens da terceira idade são os mais propensos ao desenvolvimento do tumor. Três em cada quatro casos registrados no mundo envolvem pessoas com mais de 65 anos.
Os trabalhadores rodoviários são mais propensos a desenvolver a doença porque passam muito tempo sentados. Por isso, a prevenção é essencial.
Sintomas e prevenção
As práticas saudáveis são as principais formas de prevenção não só a esse tipo de câncer, mas a várias doenças. Evitar o sedentarismo, manter o peso adequado à altura, regular o consumo de álcool e não fumar são condutas que diminuem o risco de aparecimento do tumor. Uma alimentação rica em frutas, cereais e verduras também ajuda.
Os sintomas do câncer de próstata envolvem fluxo urinário fraco ou interrompido, vontade de urinar mais frequente à noite, sangue na urina, impotência sexual e, em casos mais avançados, dor nos quadris, costas, coxas, ombros e fraqueza nas pernas e nos pés. Como esses sinais também são comuns a outras doenças, procurar um médico de confiança é a melhor opção.
Outro ponto importante é identificar se há registro de casos no histórico familiar. Estudos mostram que ter um parente de primeiro grau com a doença aumenta significativamente a chance de desenvolvê-la. Nesses casos, o acompanhamento médico precisa ser mais frequente. Especialistas da área da saúde indicam que homens com mais de 45 anos devem visitar o urologista pelo menos uma vez por ano.
Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, as informações sobre a prevenção ao câncer de próstata são de extrema importância para a saúde dos motoristas. “Muitos dos trabalhadores que nossos sindicatos representam têm mais de 50 anos e estão na chamada idade de risco. Por isso, é preciso que os homens percam a vergonha e levem mais a sério as precauções e o acompanhamento médico”, orienta.
Fonte: Fetropar