A classe trabalhadora já pode se preparar para um dia de resistência no segundo semestre do ano. Sete centrais sindicais convocaram um ato em todo o Brasil para o dia 10 de agosto, chamado pelas entidades de Dia Nacional de Luta, contra as reformas propostas pelo governo Temer e a Emenda Constitucional (EC) 95/2016, que congela o teto dos investimentos públicos por 20 anos.

Outras questões que integram a pauta da manifestação são a urgência da proposição de políticas públicas para frear as taxas de desemprego alarmantes e a realização de eleições livres e democráticas com Lula candidato.

Na visão do presidente da Fetropar, João Batista da Silva, a união dos trabalhadores no ato convocado pelas centrais será o caminho para dar um basta na situação caótica que está em curso no Brasil desde o golpe de 2016. “Precisamos, mais do que nunca, lutar pela democracia, pelos empregos e pelos direitos que conquistamos com tanto esforço desde a redemocratização do país”, pontua.

Os detalhes da mobilização ainda serão definidos e divulgados pelas centrais posteriormente, assim como as orientações específicas para os rodoviários representados pela Fetropar.

Manifesto

A convocação do ato foi oficializada durante o evento de apresentação do manifesto Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora, realizado no início do mês. O documento é assinado pela Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e outras seis entidades – Força Sindical, Intersindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

A declaração lista 22 princípios que norteiam a luta dos trabalhadores nesta época de ataques e retirada de direitos. Além dos temas que são considerados as principais bandeiras do ato de 10 de agosto, o manifesto também cita a resistência em favor da política de valorização do salário mínimo; o combate à informalidade e ao trabalho análogo à escravidão; a defesa da Reforma Agrária; e a inclusão e igualdade para mulheres, negros, LGBTQ+ e migrantes.

Fonte: Fetropar