Álcool e direção é uma combinação que, como já foi comprovado, não dá certo. Notícias de acidentes de trânsito com vítimas fatais, ocasionado por condutores alcoolizados, são frequentes.
Apesar de a maioria da população saber da relação entre as altas taxas de mortalidade no trânsito e o consumo dessa substância, os dados da Pesquisa Nacional de Saúde mostram que um a cada quatro motoristas brasileiros dirige após consumir álcool.
E quanto maior o consumo, maiores os riscos. De acordo com a pesquisa, o brasileiro costuma exagerar. Do total de entrevistados, 13,7% bebeu de forma abusiva nos últimos 30 dias, o que representa a ingestão de quatro ou mais doses para as mulheres ou cinco ou mais doses para os homens. Isso tudo em uma única ocasião.
O fato é que o consumo persiste. O que muitas pessoas desconhecem são os efeitos no organismo e os riscos que se corre ao dirigir embriagado. O Instituto São Cristóvão (ISC) selecionou algumas orientações. Veja a seguir alguns prejuízos da mistura de álcool e direção:
– Destreza e outras habilidades necessárias para a direção, como a tomada de decisões, são prejudicadas muito antes dos sinais físicos da embriaguez surgirem. Isso acontece porque, já nos primeiros goles, o álcool atua como estimulante e pode deixar a pessoa, temporariamente, com uma sensação de excitação;
– A capacidade de raciocínio é rapidamente afetada, o que aumenta a probabilidade dos motoristas tomarem decisões equivocadas. O tempo de reação e reflexos também sofre alterações, o que afeta significativamente as habilidades necessárias para o ato de dirigir;
– Em altas doses, a bebida alcoólica é capaz de causar sonolência ou, até mesmo, a perda da consciência ao volante;
– Motoristas que bebem estão mais propensos a dirigir em alta velocidade e a não usar cinto de segurança, em razão da desatenção causada pelo álcool. Além disso, segundo a pesquisa, quanto maior a concentração de álcool no sangue, maior a velocidade média e a gravidade dos ferimentos causados pelo acidente.
De acordo com o presidente do ISC, João Batista da Silva, a melhor forma de prevenir é a informação.
“Por isso, além de apoiarmos e divulgarmos pesquisas científicas, devemos trilhar novas alternativas e adotar campanhas e ações que prevejam a conscientização e a prevenção contra a mistura de álcool e direção, pois sabemos que essa é uma das maiores causas de acidentes de trânsito em todo o mundo”, considera.
Fonte: Fetropar e ISC