Não é novidade para ninguém: praticar exercícios físicos é uma das tarefas mais básicas para se manter a saúde em dia. O sedentarismo é considerado a principal causa do surgimento de diversas doenças, como a hipertensão arterial, o diabetes, a obesidade, a ansiedade, o infarto etc. Não por acaso, a Universidade de Cambridge, na Inglaterra, identificou que ele mata duas vezes mais que a obesidade.

O ideal é que todos pratiquem atividades físicas no mínimo três vezes por semana, mas a rotina de algumas pessoas pode dificultar – e muito – essa frequência. É o caso de muitos motoristas rodoviários. Sujeitos a um cotidiano desgastante de direção e cobranças, a categoria nem sempre encontra tempo e disposição para movimentar o corpo.

Em um cenário ideal, as empresas, por serem responsáveis pela saúde dos trabalhadores, deveriam incentivar a prática de exercícios físicos não só no discurso, mas também nas ações. Oferecer benefícios ou convênios com centros de ginástica e academias de musculação, por exemplo, seria uma saída.

Sabe-se, contudo, que essa não é uma prioridade para os empregadores, pelo contrário: não são raros os casos em que empresas descumprem os horários de trabalho e sobrecarregam a rotina do trabalhador. Como resultado, ele chega em casa exausto e não encontra disposição para olhar com cuidado à saúde.

Apesar dessa grande dificuldades, existem algumas estratégias simples que podem ser adotadas para reverter parcialmente o deficit de exercício. São orientações ainda mais válidas aos rodoviários, que passam a maior parte do dia sentados e expostos ao estresse do trânsito.

Especialistas da área da saúde afirmam que 20 minutos diários de exercício físico são o bastante para reduzir consideravelmente o risco de surgimento das doenças ligadas ao sedentarismo. Pode ser uma caminhada, uma corrida ou um treino de academia: o importante é que, durante a atividade física, a continuidade e a intensidade sejam mantidas.

Por isso, nem toda movimentação corporal do cotidiano pode ser considerada um exercício físico. O trabalhador que descarrega produtos de um caminhão, por exemplo, pode até se movimentar, mas isso não significa que ele pratica atividade física.

Para o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, as empresas deveriam se conscientizar sobre a importância de estimular a prática de hábitos saudáveis entre os trabalhadores.

“Não adianta o patrão dizer que o exercício físico é importante e exigir que o trabalhador fique na empresa até tarde da noite. As empresas também são responsáveis pelo bem-estar de seus funcionários e, por isso, precisam garantir condições adequadas de trabalho e o mínimo de tempo livre para o trabalhador se preocupar com a sua saúde”, afirma.

Fonte: Sinttrol