Toda profissão gera algum tipo de consequência na saúde do trabalhador. Infelizmente, as rotinas de trabalho geralmente são formuladas pelas empresas com foco na produtividade e não na saúde do trabalhador.

No caso dos rodoviários, a natureza do ofício e as condições de trabalho distantes do ideal transformam a categoria em alvo de uma série de doenças. As horas sentados na mesma posição, o estresse do trânsito e a dificuldade em manter hábitos saudáveis são alguns dos fatores que contribuem para a incidência desses problemas entre os motoristas.

A Fetropar listou as principais doenças que atingem os rodoviários e reuniu algumas dicas para evitá-las. Confira:

Diabetes

O diabetes é uma doença crônica que surge quando o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente ou quando o corpo apresenta-se incapaz de utilizar a insulina de maneira adequada. Como resultado, o nível de glicose no corpo fica desregulado, gerando uma série de problemas.

A doença pode apresentar diversos formatos e os mais comuns geralmente são consequências do sobrepeso, do sedentarismo e da alimentação inadequada.

O tratamento e o controle do diabetes são fundamentais para a saúde e a segurança do rodoviário. Isso porque as crises de hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue) ou hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) são comuns entre os portadores da doença. Entre os sintomas, estão  o desequilíbrio, a sonolência e a visão embaçada, que podem provocar um acidente.

Colesterol

O aumento no nível de colesterol no sangue está diretamente ligado à ocorrência de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Por isso, o controle da substância é fundamental para manter a saúde em dia.

O primeiro passo é manter hábitos alimentares saudáveis. Há uma lista extensa de alimentos que, se consumidos na medida certa, auxiliam no controle dos níveis do colesterol. Além de ficar de olho na qualidade das refeições, a prática regular de exercícios físicos auxilia – e muito – na manutenção do colesterol em níveis recomendados.

Hipertensão

A obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, consumo exagerado de sal e grandes cargas de estresse estão diretamente ligados ao desenvolvimento da hipertensão, popularmente conhecida como “pressão alta”. Se não for adequadamente tratada, a doença pode provocar infartos, AVC e insuficiência renal.

O tratamento da doença envolve uma profunda mudança nos hábitos. Alimentação balanceada e prática de exercícios físicos são obrigatórios. Para alguns pacientes, o consumo de medicamentos precisa ser permanente.

Lombalgia

A famosa “dor nas costas” é uma realidade na vida dos motoristas. Os longos períodos que passam na direção, geralmente provocam um desconforto crônico nas costas. Entre as causas da doença estão as posturas inadequadas, bancos não ergonômicos, a ausência de pausas para descanso, o sedentarismo e outras. O rodoviário pode fazer a sua parte cuidando da postura e praticando exercícios físicos. Isso, contudo, não retira a responsabilidade de a empresa garantir conforto e estrutura para o trabalhador.

LER

Por conta dos movimentos mecânicos da direção, os motoristas geralmente sofrem com a Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Ela surge quando músculos, nervos e tendões ficam sobrecarregados, gerando irritações e inflamações. Em casos extremos, a doença pode causar danos irreversíveis, como a perda de movimentos.

Caso o motorista sinta dores crônicas nos membros superiores, o ideal é procurar ajuda médica imediatamente.

Fonte: Fetropar