A partir de uma iniciativa do vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), Jorge Viana (PT-AC), o colegiado aprovou nesta quinta-feira (15) um voto de pesar à família da socióloga e vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), executada a tiros na noite de ontem na região central do Rio de Janeiro.
O voto é assinado por todos os membros da Comissão, trata o assassinato como uma execução e menciona seu ativismo em favor dos direitos de moradores de favelas na cidade.
— Era uma jovem de 38 anos, uma socióloga advinda da Favela da Maré, que é uma das áreas mais violentas do Rio. Era a relatora da Comissão criada pra fiscalizar as operações policiais após o início da intervenção no Rio, e recentemente havia questionado o assassinato do jovem Matheus Melo, vítima de uma milícia após sair da igreja. Ela perguntou: quantos jovens terão que morrer até que se acabe a guerra aos pobres? — afirmou Jorge Viana.
O texto aprovado menciona ainda o ativismo de Marielle em favor das causas feministas e antirracistas, qualifica sua morte como “um atentado à democracia” e pede apurações rigorosas visando seu esclarecimento.
O presidente da CRE, Fernando Collor (PTC-AL), estendeu o voto de pesar aos movimentos sociais dos quais a vereadora fazia parte.
Fonte: Agência Senado