O mercado de trabalho pede, cada vez mais, profissionais qualificados. Por isso, motoristas que trabalham com o transporte de cargas precisam saber mais do que apenas conduzir o veículo. Pensando nas necessidades da categoria profissional, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Toledo (Sinttrotol), filiado à Fetropar, realizou no sábado (30), o curso de cargas indivisíveis.

Destinado aos motoristas que já trabalham com caminhões prancha ou aos profissionais que desejam nova colocação no mercado de trabalho, o curso teve duração de 15 horas e foi um aproveitamento dos conceitos fundamentais de movimentação de cargas. Conforme explica , foram realizadas algumas simulações durante as aulas, para que o aluno pudesse conhecer os perigos desse tipo de transporte.

Cargas indivisíveis, como o próprio nome sugere, são aquelas que não podem ser divididas no transporte. Alguns exemplos desse tipo de carga são mármore, vidro, implementos agrícolas, granitos, máquinas grandes, contêineres, caçambas e outras peças de grande porte. Por isso, é preciso muito cuidado na hora do transporte.

Com o objetivo de propiciar segurança aos condutores, o enfoque do curso foi a amarração de veículos, transporte e amarração de empilhadeiras e bobcats. “Um dos pontos principais foi como imobilizar, amarrar corretamente e usar as cintas de acordo com o peso da carga”, explica o instrutor.

Segundo Fernando, se a máquina transportada pelo caminhão prancha não estiver amarrada corretamente, quando o motorista fizer uma curva mais rápida ela pode cair, matar o motorista e passageiros de outros veículos. As aulas teóricas também foram direcionadas aos cuidados na hora de fazer as amarras.

Experiência dos Motoristas

Carlin Christi Barom foi um dos alunos participantes. Ele já trabalha com carretas e sabe amarrar as cargas. O motorista destaca, porém, que o curso oferece informações importantes para o profissional que ainda não conhece muito bem o procedimento. “As aulas teóricas também foram proveitosas. Para exemplificar o perigo, o instrutor mostrou alguns vídeos de acidentes com máquinas”, ressalta.

O motorista Arnaldo Aparecido Domingos de Barro aponta, também, que o curso trouxe experiências novas para ele. Arnaldo já fez curso de (MOPP), curso de transporte escolar, indivisível e transporte de emergências. “Só faltava o aproveitamento, que fiz agora”, conta.

Desde junho de 2015, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determina a obrigatoriedade do curso de especialização para condutores de veículos de carga indivisível. O presidente da Fetropar, João Batista da Silva, expõe a necessidade tanto da qualificação para o motorista como do atendimento às normas legais e de segurança.

“Transportar cargas indivisíveis requer conhecimento teórico e prático. Por isso, o curso de aproveitamento recupera as informações que o motorista já tem”, finaliza.

Fonte: Fetropar