Estimativa foi feita pelo SPC Brasil utilizando informações do IBGE.
No fim de 2014, estimativa para retorno ao mercado era menor: 6,8 meses.

Estimativa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que um brasileiro que fica desempregado demora cerca de oito meses para se recolocar no mercado de trabalho.

De acordo com os dados do IBGE, citados pelo SPC Brasil, a taxa de desemprego avançou mais de dois pontos percentuais ao longo do ano passado, o que significa que cerca de 1,7 milhão de pessoas estavam à procura de um emprego no final de 2015, montante 42,5% maior do que no ano de 2014.
“Os oito meses estimados pelo SPC Brasil é um período significativamente maior que os 6,8 meses que eram necessários no final de 2014, um aumento de 36 dias. O tempo maior para a recolocação é reflexo da conjuntura econômica atual, em que se observa o fechamento de postos de trabalho ao invés da criação de outros novos”, avaliou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
O SPC Brasil lembra que dados apontam que a economia brasileira caminha para maior recessão desde o início dos anos 90 e que os efeitos dessa conjuntura já são sentidos por boa parte dos consumidores. “Um desses efeitos é o forte aumento do desemprego e a maior dificuldade de recolocação”, acrescentou.

Com a economia em crise, o SPC Brasil recomenda que os brasileiros previnam-se contra o possível desemprego. “Caso não tenha feito uma reserva financeira ao longo do tempo antes de ser demitido, a pessoa corre risco de abusar dos cartões de crédito e de empréstimos, caindo, assim, em uma grande bola de neve de dívidas”, explicou o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.

Por outro lado, Vignoli alertou que quem perder o emprego deve, além de rever os gastos, aproveitar para colocar as finanças pessoais em ordem. “Com o dinheiro que a pessoa receber na demissão, seja de férias ou FGTS, ela pode quitar dívidas que eventualmente já tenha, evitando o prolongamento das temidas taxas de juros, que podem ultrapassar os 400% ao ano”, alertou ele.

Dicas do SPC para quem perder o emprego

– ser realista sobre a situação financeira;
– fazer a revisão de todos os gastos e analisar o que é prioridade;
– adaptar-se à nova realidade e ao novo padrão de vida;
– cortar as regalias que muitas vezes custam caro e costumam ser “invisíveis” no orçamento;
– renegociar as dívidas pendentes.

 

Fonte: G1