Números do Programa de Direção por Simulador (PDS), coordenado pela Universidade Corporativa do Transporte (UCT) mostraram um resultado muito animador para rodoviários. O uso de simuladores para treinamento de motoristas de ônibus, de 2013 a 2018, reduziu em 51% os erros humanos na condução dos veículos no Rio de Janeiro.

De acordo com a entidade, cerca de 6 mil trabalhadores passaram por aulas em simuladores nos últimos cinco anos. Os módulos são proporcionados por instituições como o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), mas também, em muitos casos, pelas próprias empresas de transporte.

O sistema tem o potencial de diminuir falhas e acidentes porque os novos motoristas têm contato com situações adversas antes mesmo de ir para as ruas. O software simula condições como obstáculos, chuva, pista molhada e ultrapassagens perigosas. Também podem ser monitoradas questões específicas, como os batimentos cardíacos do condutor durante a execução de uma manobra perigosa, por exemplo.

O ideal é que os treinamentos sejam sempre acompanhados por educadores especializados, que podem ajudar os alunos a trabalharem problemas que aparecem durante as simulações – inclusive ansiedade e estresse em situações de risco. Hoje, a tecnologia é utilizada em dois momentos: no início e no final dos períodos de capacitação.

Simuladores também são utilizados na formação de educadores

No mesmo período, a UCT também usou os simuladores para formar 320 instrutores, responsáveis por levar os conhecimentos adquiridos aos trabalhadores por meio de cursos aplicados por entidades sindicais.

Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, os índices positivos devem servir como incentivo para que empresas invistam cada vez mais nesse tipo de treinamento. “As aulas com simulação são benéficas e trazem novas perspectivas até mesmo para quem já está há bastante tempo na profissão. O número de empregadores que adotam a tecnologia para cursos de capacitação precisa continuar crescendo”, comenta.

Fonte: Fetropar