A luta contra o fim da aposentadoria está prestes a ganhar mais fôlego. A Greve Geral do dia 14 de junho, convocada pelas centrais sindicais brasileiras, promete ser um grande passo na luta contra a Reforma da Previdência.

Além dessa pauta, os trabalhadores brasileiros irão paralisar as atividades em protesto contra os cortes no orçamento da educação pública e por iniciativas de geração de emprego.

Em 2017, a Greve Geral realizada em abril desestabilizou o Governo Federal, que não conseguiu apoio no Congresso Nacional para aprovar a Reforma da Previdência. Com a paralisação do dia 14 de junho, o objetivo é pressionar o governo Bolsonaro a abandonar a ideia de alterar as regras da aposentadoria.

Se elas foram aprovadas, milhões de brasileiros ficarão mais distantes do direito a um benefício justo e outros correm o risco de não conseguirem se aposentar. Por isso, paralisar as atividades significa dizer para o Governo Federal que os trabalhadores não abrem mão de um futuro digno.

A Fetropar convoca os trabalhadores para se somarem à Greve Geral do dia 14 de junho. Mais do que nunca, a luta pela aposentadoria e pelos direitos trabalhistas e sociais precisa ser fortalecida.

Educação e emprego

A Greve Geral também será marcada por outras pautas importantes. Uma delas é a luta contra os cortes do Ministério da Educação (MEC) no orçamento das universidades e da educação pública. Com explicações confusas e superficiais, o governo Bolsonaro cortou um terço do orçamento das universidades federais e retirou R$ 2,4 bilhões da educação básica.

Na prática, essa decisão pode forçar as instituições de ensino superior a fecharem as portas no segundo semestre. Trata-se de um ataque inédito à educação pública brasileira.

Além disso, os trabalhadores irão às ruas reforçar a necessidade de medidas de combate ao desemprego. No primeiro trimestre de 2019, o número de desempregados voltou a crescer no Brasil, chegando a 13,1 milhões de pessoas.

Na contramão das soluções para esse cenário, o governo Bolsonaro continua insistindo em medidas que aprofundam o problema, como a flexibilização de direitos trabalhistas. Somente a mobilização dos trabalhadores conseguirá reverter essa situação.

Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, a Greve Geral do dia 14 de junho será decisiva para o futuro do Brasil. “Estamos em um momento muito importante: o Governo Federal já mostrou que deseja aprovar a Reforma da Previdência a qualquer custo. A nossa mobilização será fundamental para impedir mais esse grande retrocesso”, defende.

Fonte: Fetropar