As doenças e os acidentes de trabalho são realidades frequentes na população brasileira. Entre 2007 e 2013, 5 milhões de acidentes ocorreram nos ambientes de trabalho. Desses, 45% acabaram em morte, invalidez permanente ou afastamento temporário do emprego.
Diante desse contexto, é importante a realização de debates e campanhas que promovem a conscientização tanto de empregados como de patrões. Em 1 e 2 de dezembro, ocorreu, no Rio de Janeiro, o I Congresso Técnico Científico da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Saúde no Trabalho (Fundacentro).
O evento deu destaque para os projetos, atividades, programas e ações realizadas pela entidade em cinco décadas de existência. Essa também é a oportunidade para demonstrar a existência e a atuação determinada na luta e no combate aos males laborais. O evento recebeu o apoio da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar).
Com o objetivo de buscar subsídios, conhecimentos e parcerias para a implementação de um observatório socioeconômico de estudos e pesquisas sobre acidentes e doenças no trabalho, a Fetropar garantiu a sua participação no encontro.
Em abril, o Instituto São Cristóvão (ISC) – organização não governamental mantida pela Fetropar – lançou uma pesquisa destinada a toda a categoria. Os primeiros resultados saíram em outubro, e as avaliações feitas pelos trabalhadores demonstraram que o assédio moral, as doenças e os acidentes de trabalho são as principais preocupações dos rodoviários.
Para o diretor administrativo do ISC, Munir Varela, a participação da Fetropar no evento é a oportunidade de alinhar o plano de trabalho da Federação com a Fundacentro, que é referência no Brasil, pois de ambas as partes existe a intenção de aprimorar o trabalho na área da pesquisa e do conhecimento.
“Também tivemos a possibilidade de fazer contato com outros profissionais que estão envolvidos nesse cenário, mas que não têm ligação direta com a entidade realizadora do evento. Com isso, podemos ampliar os trabalhos, com base em pesquisas já realizadas e experiências bem sucedidas”, comentou.
Durante o planejamento estratégico da Fetropar, realizado em maio deste ano, o presidente da Federação, João Batista da Silva, já tinha estabelecido como prioridade, para os próximos anos de gestão, reduzir e atenuar os altos índices de doenças e acidentes de trabalho.
“Combater doenças e acidentes de trabalho é proteger o maior patrimônio das empresas e da sociedade, que são os trabalhadores. Com a política de prevenção, fica muito mais fácil evitarmos problemas graves no futuro. Por isso, planejamos a criação desse observatório, que irá avaliar as principais dificuldades dos empregados ”, destacou.
Fonte: Fetropar