Na semana do Dia Internacional da Mulher, a Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar) participou de debates sobre os direitos das trabalhadoras.

O Papel da Mulher no Mercado de Trabalho e Ações Superadoras, foi o tema da audiência pública realizada em 10 de março, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE). O evento ocorreu no prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Além da Fetropar, participaram do debate entidades do movimento sindical de diversas categorias, do movimento social, feminista, estudantil, representantes do setor patronal, de órgãos do governo, deputados, vereadores, entre outras autoridades.

“A inspiração é sensibilizar os atores sociais para buscar a ampliação e a efetivação do direito da mulher. Precisamos fazer com que a cultura mude, que a mulher tenha o respeito do homem, do seu empregador e da sociedade. Isso está de acordo com a nossa filosofia de trabalho na Fetropar”, afirmou o presidente da Federação, João Batista da Silva.

A MULHER NO MERCADO

Cinco mulheres com posições estratégias em diferentes setores participaram da mesa no painel de debates.

Foram elas a assessora especial do ministro do Trabalho e Previdência Social, Rosane da Silva; a vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), Marlene Suguimatsu; a auditora fiscal do trabalho, Luana de Geroni; a coordenadora do Fórum Estadual dos Servidores (FES), Marlei de Carvalho; e a procuradora do Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR), Mariane Josviak.

A atuação da mulher trabalhadora e as diferenças ainda existentes entre os sexos no mercado foram os principais pontos destacados nas apresentações.

Nos últimos anos o número de mulheres que saíram da informalidade no mercado aumentou, passando de 25,8% em 2001 para os 36% atuais, segundo dados do governo federal apresentados no painel. Mas ainda há um grande percentual de trabalhadoras que não têm seus direitos garantidos e estão precarizadas.

A maioria das trabalhadoras (66%), ainda tem renda muito baixa e recebe até dois salários mínimos. Ainda assim, boa parte delas (39%) precisam chefiar suas famílias.

EM BUSCA DE AVANÇOS

Buscar condições de igualdade e valorizar o trabalho da mulher foram as principais ações apontadas para avanças no debate, para mudar a realidade que temos hoje.

Para as trabalhadoras, além do movimento de luta das mulheres é preciso também ter uma política de Estado mais forte, para ampliar os direitos delas e fiscalizar para que sejam de fato implementados.

“Hoje os cuidados partem mais no sentido de ampliar o leque de proteção a medidas discriminatórias. Em geral, a discriminação é algo velado, mas na medida do possível a justiça está tentando combater essa prática”, afirmou a vice-presidente do TRT-PR.

Fonte: Fetropar