Aproximadamente 4% das mortes que ocorrem em razão de acidentes no trânsito estão relacionadas aos problemas de saúde dos motoristas. Pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego apontam que os problemas cardíacos são as principais causas desses acidentes.
Apesar do alerta, esses problemas, muitas vezes, passam despercebidos, até gerarem danos maiores. Em outros casos, os sinais de que o corpo necessita de um cuidado especial acabam não sendo notados pelos trabalhadores.
Os problemas cardíacos são frequentes na população em geral e comuns nos trabalhadores que atuam nos transportes rodoviários. A grande dificuldade é que nem sempre os acidentes estão relacionados às anomalias cardíacas, pois a sonolência e a falta de atenção costumam ser apontadas como motivos para os acidentes.
A arritmia, por exemplo, pode causar palpitação, que é uma alteração no batimento cardíaco. Isso gera perda de consciência, escurecimento da vista e tontura. As consequências podem ser ainda mais graves, como a perda dos sentidos.
“Caso a pessoa esteja dirigindo nesse momento, o risco de se acidentar é maior, pois ela pode cruzar uma via inadequadamente, não parar no sinal ou, até mesmo, ir na contramão, sem perceber que houve alterações nos batimentos cardíacos”, explica o presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), João Batista da Silva.
É preciso ficar atento, portanto, aos sinais que o organismo dá. Eventuais tonturas ou até mesmo as próprias palpitações são alguns sinais de que o corpo precisa de socorro. Esses sintomas, geralmente, são encarados como um breve mal-estar. Por isso, muitos trabalhadores acabam ignorando essas condições.
Diante dessa situação, é importante destacar que as visitas periódicas aos médicos ajudam a identificar e a tratar os fatores de risco, como hipertensão ou diabetes. Além disso, quem sofre com esses problemas deve fazer exames periódicos.
Fonte: Fetropar