A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou estável em 12,2% no trimestre encerrado em janeiro na comparação com os três meses terminados em outubro. A estabilidade vem após dois trimestres consecutivos de baixa. Na comparação com o mesmo período de 2017, houve queda de 0,4 ponto porcentual no desemprego. O Brasil ainda tem 12,7 milhões de pessoas em busca de trabalho.
Apesar da queda contínua da taxa de desemprego ao longo do ano passado, o Brasil encerrou 2017 com 12,3 milhões de trabalhadores em busca de trabalho. No ano, porém, a taxa média de desocupação no mercado de trabalho brasileiro foi de 12,7%, a mais alta desde 2012, início da série de medições.
A taxa de desemprego alcançou 13,6% no trimestre de fevereiro a abril de 2017 mas, desde então, acumulou quedas nos índices de maio a julho (12,8%) e de agosto a outubro (12,2%). “O índice vinha caindo, mas agora houve essa estabilidade, interrompendo as duas baixas. É um movimento característico de janeiro, quando esse indicador tende a estabilizar ou até a subir”, explica o Coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. Na comparação com o trimestre móvel encerrado em dezembro (11,8%) houve alta de 0,4 ponto.
O emprego com carteira assinada segue em baixa (-1,7%). O grupo foi o único a cair na comparação anual, enquanto empregados sem carteira (5,6%) e trabalhadores por conta própria (4,4%) sustentaram o crescimento da população ocupada, que aumentou em 1,8 milhão de pessoas (2,1%). “Por causa da crise econômica, o mercado não consegue impulsionar a criação de postos de trabalho de qualidade. Todo esse crescimento de 1,8 milhão de pessoas está apoiado em uma plataforma informal de trabalho”, conclui Cimar.
Fonte: Carta Capital