Motoristas profissionais realizam atividades repetitivas por causa das longas viagens de caminhão, carro e ônibus. A consequência dessa jornada extensa é o surgimento de dores musculoesqueléticas – muitas vezes, ignoradas pelos motoristas – que podem levar à aposentadoria ou invalidez.
Dores localizadas nos músculos, tendões, ligamentos, articulações e ossos são as denominadas dores musculoesqueléticas. Elas podem surgir pela repetição de movimentos e postura inadequada.
Sono de má qualidade; ausência de pausa durante o trabalho; medo de ser assaltado, morrer, adoecer ou de sofrer algum tipo de acidente; estresse ou fadiga por desconforto ao dirigir são alguns fatores agravantes.
A realização das atividades dos motoristas profissionais depende, além da atenção dos próprios trabalhadores, da qualidade e segurança nas estradas, pois o risco de assaltos é alto e os motoristas ficam apreensivos em decorrência disso. Essa tensão também pode causar dores musculares.
Lombalgia
Uma das dores musculoesqueléticas, a lombalgia é um tipo de dor localizada na lombar – a região mais baixa da coluna perto da bacia. Conhecida popularmente como “dor nas costas”, a lombalgia é um dos tipos de dor que os motoristas profissionais sofrem durante a jornada de trabalho nas estradas.
Prevenção
A queixa de dor na coluna vertebral por motoristas é comum àqueles trabalhadores que têm jornada prolongada, mas as dores não podem ser ignoradas.
Existem tratamentos para isso e o mais importante é procurar prevenir as dores musculoesqueléticas com correção da postura e realização de exames físicos periódicos.
Fazer exercícios físicos ajuda na prevenção, sendo indicado caminhar trinta minutos por dia.
Consequências
As dores afetam a qualidade de vida dos motoristas e comprometem a realização dos movimentos. Em casos extremos, a falta de atenção e de tratamento pode ocasionar na aposentadoria ou invalidez.
O presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), João Batista da Silva, afirma que “os motoristas que sofrem com dores devem procurar auxílio médico o quanto antes. Desse modo, poderão tratar as dores em seu estágio inicial, com maior chance de cura. A dor musculoesquelética pode ser tratada com remédios, fisioterapia e exercícios leves”.
“Para que as dores musculoesqueléticas sejam evitadas, os trabalhadores precisam estar cientes de que, se não tratadas, as dores podem leva-los à invalidez. Portanto, a prevenção é a melhor forma de cuidar da saúde durante o trabalho”, complementa João Batista.
Fonte: Fetropar