Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que todos os gases poluentes liberados na atmosfera irão comprometer a saúde e a segurança das gerações futuras.

De acordo com o levantamento, em média, 1,7 milhão de crianças em todo o mundo morrem por ano por problemas ocasionados ou agravados pela poluição. No Brasil, os números são altos. Por causa da poluição, morrem 41 crianças a cada 100 mil brasileiros.

A falta de saneamento básico, o descarte irregular do lixo e a poluição do ar – provocada principalmente pelo excesso de veículos nas ruas – são os principais fatores que resultam nesse cenário preocupante.

Para a OMS, o investimento em mobilidade urbana e a ampliação da oferta de transporte coletivo de qualidade, são atitudes essenciais para reverter essa situação. Corredores de ônibus, implantação de ônibus não poluentes – como trólebus e elétricos – estão entre as principais soluções.

De acordo com o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, além de garantir a saúde e o bem-estar das gerações futuras, investir em transporte público também traz benefícios para o trânsito e para os profissionais que trabalham na área.

“Ao tornar o sistema mais eficiente, incentivamos a população a utilizá-lo. Dessa forma, as pessoas usarão menos o transporte individual, melhorando o tráfego nas cidades e trazendo mais qualidade de vida para todos”, afirma João Batista.

Exemplo

O relatório da OMS cita Curitiba como exemplo a ser seguido no Brasil. Desde 1974, a capital paranaense investe em corredores de ônibus e em veículos menos poluentes. Essa atitude trouxe um impacto positivo para as pessoas da cidade e para o meio ambiente.

Apesar de ter quintuplicado sua população nos últimos 50 anos, a qualidade do ar de Curitiba é bem melhor do que em muitas outras cidades com crescimento rápido, possuindo índices de poluição em níveis indicados pelo órgão.

Fonte: Sinttrol