Motoristas de cidades maiores sabem que, em horários específicos, não é permitido transitar com determinados veículos em algumas vias. Assim como há regras para a locomoção de veículos na cidade, também existem normas para o transporte de cargas.

Atualmente, esse setor passa por divisões. Há transportes especializados e necessidades que variam conforme a região atendida pelo motorista. Existem empresas que fazem transporte de encomendas, apostando em cargas fracionadas, enquanto outras trabalham com lotação, também conhecida como carga completa.

As empresas também devem respeitar o tipo de mercadoria que está sendo transportada. Cargas gerais, por exemplo, precisam estar em embalagens específicas ou em unidades como contêiner e barril. Assim, a identificação e a contagem podem ser feitas com mais facilidade.

Nesse contexto, é válido ressaltar, ainda, que há materiais que podem causar prejuízos a outras cargas, acidentes ou até mesmo colocar em risco a vida das pessoas que entram em contato com o material, principalmente do responsável pelo transporte. Por isso, o motorista deve receber capacitação profissional.

Segundo as recomendações das Nações Unidas para o Transporte de Produtos Perigosos, as cargas são divididas em gases, substâncias oxidantes, líquidos inflamáveis, infectantes, substâncias venenosas, materiais radioativos, corrosivos e demais substâncias perigosas.

Em razão dos diversos tipos de mercadorias, o Instituto São Cristovão (ISC), ligado à Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), oferece o curso de Movimentação Operacional de Produtos Perigosos (MOPP). Durante as aulas, os motoristas recebem instruções sobre direção defensiva, legislação de trânsito e cuidados na movimentação de produtos perigosos.

“É importante que o trabalhador conheça as regras para que o transporte das mercadorias aconteça de forma segura. Ele precisa saber que tipo de material está transportando. Assim, diminui a probabilidade de problemas durante o trajeto”, afirma o presidente da Fetropar, João Batista da Silva.

Segundo João Batista, todo cuidado deve ser tomado para que o funcionário não corra riscos enquanto realiza as atividades. O ISC e a Fetropar orientam o motorista a fazer cursos de capacitação na área em que atua. “O profissional do setor de transporte também tem uma função social. Por isso mesmo, deve ter um desempenho cada vez melhor. E isso começa por uma direção segura e responsável”, finaliza o presidente.

Fonte: ISC/Fetropar