Um mapeamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que a composição da frota brasileira de veículos mudou consideravelmente. O levantamento, referente ao primeiro semestre de 2018, mostrou que já havia mais motos do que carros circulando em 2.487 dos 5.568 municípios do país.
De acordo com os números do estudo, há 26,4 milhões de motocicletas no Brasil, o equivalente a cerca de uma moto a cada 8 habitantes.
O aumento da quantidade desses veículos está ligado a algumas questões. A primeira delas é o preço mais baixo e a facilidade de financiamento, que levaram as motos a serem preferidas por quem está adquirindo seu primeiro automóvel. Há também a relação custo-benefício, já que uma moto costuma exigir menor investimento em combustível, permitindo, também, que os condutores andem em menores intervalos de tempo no trânsito caótico das grandes cidades.
Por fim, há, ainda, a modernização de regiões agrícolas e de locais mais remotos, que implica na substituição de animais de tração por motocicletas.
Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, as mudanças na composição do trânsito exigem que o poder público dê mais atenção aos motociclistas, pensando em políticas públicas específicas para esse público.
“Hoje, os motociclistas ainda são grandes vítimas de acidentes nas zonas urbanas. Com o aumento das motos em circulação, se torna cada vez mais urgente que os governos pensem em medidas eficazes para proteger esses trabalhadores no trânsito. O papel dos sindicatos é cobrar que essas medidas sejam adotadas e tenham sua importância reconhecida pelo poder público”, explica Moacir Ribas Czeck.
Segundo os dados apresentados, apesar do aumento de motocicletas, os carros ainda são os meios de locomoção mais usados do país. Há 53,4 milhões de veículos do gênero em circulação no país, o equivalente a um para cada 3,89 habitantes.
Fonte:Fetropar