O transporte coletivo é uma das principais soluções para reduzir o trânsito e a degradação do meio ambiente. Estudos sobre o índice de emissão de poluentes para cada veículo de transporte de passageiros confirmam que o grande vilão da poluição do ar nas grandes e médias cidades é o automóvel particular.

De acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente (MMA), de 2011, o transporte de passageiros individuais emite 40 vezes mais poluentes do que o transporte público na condução do mesmo número de pessoas.

Em 2012, automóveis de passeio foram responsáveis por 38% das emissões de gás carbônico (CO2) no país, elevação de 25% no comparativo com 2009 e de 56% em relação a 2002. Os dados foram publicados no relatório final do 2º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários.

Já um estudo de 2017 revelou que os carros respondem por 72,6% das emissões de gases de efeito estufa do setor, embora transportem somente 30% das pessoas. As informações são do Inventário de Emissões Atmosféricas do Transporte Rodoviário de Passageiros no Município de São Paulo.

Outro dado apontado pela análise refere-se ao enorme espaço utilizado pelos carros nas vias, se comparado aos ônibus: os automóveis ocupam 88% do espaço, contra apenas 3% usados pelos ônibus.

O estudo levantou ainda que andando sozinho de carro, o passageiro vai emitir 65,8 gramas de gás carbônico equivalente (CO2e) por quilômetro, quase quatro vezes mais do que faria se estivesse em um ônibus com mais pessoas. Nesse caso, o mesmo passageiro emitiria apenas 17 gramas de CO2e.

“Mesmo com a necessidade de maiores investimentos em mobilidade urbana e estrutura, o transporte coletivo é a principal saída para diminuir os impactos causados pelos automóveis. Quanto mais pessoas se deslocarem de ônibus, maior será a redução de poluentes por passageiro, assim como haverá diminuição do trânsito e de engarrafamentos”, ressalta o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva.

Automóveis também emitem gases prejudiciais à saúde

O alto impacto da poluição oriunda de carros também ganha destaque quando se analisam gases que causam danos à saúde, como o material particulado (MP) e os hidrocarbonetos não metanos (NMHC), os dois relacionados a problemas respiratórios. São gases que interferem na qualidade de vida das pessoas e, dependendo do horário de circulação, os carros são responsáveis por mais de 80% das emissões de MP na cidade de São Paulo.

Fonte: Sinttrol