scales_car

Ambientes de trabalho costumam carregar algum nível de tensão e estresse, geralmente motivado pela pressão por produtividade e pelo alcance das metas. Porém não são raros os casos em que essa cobrança se manifesta em episódios constantes de violência, como insultos, ataques e exclusão. Quando essas situações persistem, o trabalhador se torna vítima do assédio moral.

A principal característica desse tipo de assédio é a repetição das práticas abusivas dentro do ambiente de trabalho. As exposições sucessivas à humilhação e ao constrangimento, as cobranças que extrapolam as funções do trabalhador e o isolamento do empregado são alguns dos métodos mais recorrentes.

Os dois tipos mais comuns de assédio moral são o individual e o organizacional. O primeiro é cometido contra um único trabalhador e o agressor geralmente é o empregador ou alguém superior dentro da hierarquia da empresa.

Já o assédio moral organizacional é aplicado como método de gestão de pessoas. Em outras palavras, os empregadores estimulam a competitividade e expõem os trabalhadores a situações vexatórias para forçá-los a atingirem as metas. A face mais cruel dessa prática é a aplicação de penalidades àqueles que não conseguem alcançar os números exigidos pelo patrão.

O presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, alerta que muitas empresas se utilizam do assédio moral para forçar o trabalhador a pedir demissão e, consequentemente, não gastar com as multas das verbas rescisórias. “Nesses casos, o assédio é tão devastador que trabalhar se torna quase impossível e o empregado acaba se demitindo. Com a crise econômica e política e o aumento do desemprego, situações como essa são cada vez mais comuns”, afirma.

Saúde

O assédio moral afeta em cheio a saúde física e emocional do trabalhador, que pode apresentar quadros de depressão, isolamento social e baixa autoestima. Em casos extremos, a prática pode levá-lo a pensamentos suicidas. Já a integridade física, normalmente é atingida pelas doenças psicossomáticas, aquelas que se originam nos distúrbios psicológicos e depois afetam o funcionamento do corpo. Por exemplo, quem convive com raiva, ansiedade, angústia e medo tem grandes chances de desenvolver gastrite, alterações digestivas e pressão alta.

Aconteceu com você?

Como os casos de assédio moral podem assumir diversas facetas, o ideal é que cada situação seja tratada de maneira específica. Por isso, o trabalhador que for exposto a episódios constantes de humilhação provocados pelo empregador, por um superior ou por colegas de trabalho deve entrar em contato com o Sindeesmat.

Fonte: Sindeesmat