A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou nesta terça-feira (9) o último boletim do período epidemiológico da dengue de 2015/2016. E o resultado é bastante negativo. Foram confirmados 56.351 casos da doença, 61 mortes e 90 cidades em epidemia.
A estatística ainda pode mudar, pois ainda há casos suspeitos em análise no Laboratório Central do Estado (Lacen). “São os maiores números já registrados no Paraná
Iniciar um novo período de monitoramento, segundo Ivana, é importante para identificar um aumento de casos. “Com esse monitoramento podemos acompanhar um provável início de epidemia. Em município pequeno, por exemplo, o crescimento de quatro ou cinco casos de uma semana para outra já é um indício de alerta”, disse.
Os boletins epidemiológicos mostram um avanço da doença no Estado. “A dengue não tem mais aquele perfil de uma epidemia a cada três ou cinco anos como imaginávamos. Os casos vêm aumentando ano a ano”, comentou. Segundo ela, um dos fatores para essa proliferação é a dificuldade em eliminar os criadouros. “O mosquito está domiciliado e tem mostrado capacidade para se adaptar. Por isso, é importante continuar vigilante e manter as casas livres de criadouros.”
A campanha de vacinação contra a dengue, que começa no sábado (13) em 30 municípios paranaenses, é mais uma estratégia para controlar a doença. “É uma estratégia a mais, mas não podemos nos descuidar do mosquito”, alertou Ivana. A meta é vacinar 500 mil pessoas até o dia 3 de setembro.
A expectativa da Sesa com a vacinação é reduzir o número de óbitos. Os estudos apontam que a vacinação, apesar de ter eficácia entre 65% e 70%, diminuiu os casos de internação e mortes. “Foi o ano com mais óbitos, o que é bastante preocupante, mas estamos confiantes que com a introdução da vacina teremos uma redução dos casos fatais.”
Microcefalia
A Sesa está discutindo novas estratégias para trabalhar o Plano Nacional de Enfrentamento da Microcefalia no segundo semestre. Os agentes de endemias e de saúde continuam as ações de vistoria das residências. A meta é vistoriar 100% dos imóveis.
O trabalho vai contar com apoio do Exército em novembro e dezembro. “Vamos contar eles para intensificar as ações na entrada do verão”, ressaltou a chefe do Centro de Vigilância Ambiental. Uma nota técnica de orientação aos profissionais de saúde está em elaboração e deve ser divulgada nos próximos dias.
Segundo o boletim epidemiológico, o número de casos de zika confirmados no Estado subiu para 335 e o de chikungunya aumentou para 73. “A nossa intenção é pensar estratégias para reduzir o risco de circulação do vírus.”
Fonte: Folha de Londrina