O trabalho dos motoboys é um dos mais arriscados no trânsito das cidades, por deixar o trabalhador mais exposto no trânsito em decorrência do meio de transporte frágil.
Com praticamente nenhum tipo de proteção, o motociclista utiliza apenas o capacete para evitar fraturas graves na cabeça, mas o corpo fica totalmente exposto a acidentes com outros veículos.
Motoboys, mototaxistas e motofretistas sofrem também com outro fator. Além da fragilidade, o principal vilão contra os trabalhadores é a pressa.
A pressa nas entregas é ocasionada principalmente pelas empresas, que fazem pressão nos trabalhadores para que façam a corrida dentro de um tempo praticamente impossível de cumprir e ainda os ameaçam com desconto no salário caso não cumpram a meta.
Essa imposição muitas vezes leva os trabalhadores a serem imprudentes no trânsito, o que aumenta as chances de acidente e eleva os riscos de morte.
Estabelecer um tempo máximo para o motociclista realizar uma entrega é um tipo de assédio moral por parte do empregador. Os possíveis gastos com atrasos devem ser ressarcidos pela empresa e não pelo empregado.
Os riscos de acidentes de trânsitos também podem ser ocasionados por falta de atenção dos outros motoristas, pois a moto pode acabar ficando no ponto cego dos carros, por exemplo. Por isso, a precaução dos motociclistas sempre é importante.
É indicado lembrar as regras de trânsito, que aconselham o motorista a tentar prever o que vai acontecer para prevenir futuros acidentes. A atenção na realização da atividade de motofrete e mototáxi pode salvar vidas.
O presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), João Batista da Silva, afirma que “o bem-estar dos motofretistas é muito importante para a Federação. A recomendação é de que os condutores não deixem que as empresas os obriguem a cumprir entregas em um tempo máximo, as consequências do atraso de uma corrida são de responsabilidade do estabelecimento”.
Fonte: Fetropar