O caos no trânsito é um fenômeno que atinge muitas cidades brasileiras, em especial as grandes metrópoles. Congestionamentos, aumento da frota, impaciência de muitos motoristas e mau planejamento urbano potencializam as péssimas condições de trabalho de condutores de ônibus.

O principal fator das más condições de trabalho é o próprio trânsito. É um meio extremamente desgastante e que gera implicações físicas e sociais para o trabalhador.

Problemas com dores de cabeça e pernas, estresse, irritabilidade, fadiga e incidência de perda auditiva são consequências do alto desgaste ao dirigir profissionalmente.

Como está sujeito a mudanças climáticas, condições de trânsito e trajeto das vias, o funcionário não tem a definição exata de qual o seu local de trabalho.

Dado o panorama, a perda auditiva pelo exercício da função é cada vez mais comum entre os motoristas, existindo uma relação direta com o nível de trânsito e os índices de perda auditiva.

Na tentativa de minimizar tal impacto, deve ser criado um Programa de Conservação Auditiva, que seguirá os limites estipulados pela legislação do trabalho, de acordo com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) – Norma Regulamentadora (NR) 9.

 O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSU) – NR7 indica apontamentos para a avaliação e acompanhamento da audição dos trabalhadores por meio de audiometrias (avaliações auditivas). O objetivo é que as empresas tomem medidas que conservem a audição dos trabalhadores.

A Medicina Ocupacional determina que os trabalhadores devem utilizar equipamentos de proteção auditiva em situações que a pressão sonora seja superior a 85 decibéis. Caso o motorista não utilize corretamente, ele pode perder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Pensando na total saúde do motorista, é preciso que haja tomada de decisões que preservem as condições de trabalho. Além disso, o monitoramento da saúde auditiva é indispensável para o exercício da atividade.

Fonte: Fetropar