A imprensa tratou do caso como se deve, mas muito distante do tratamento que dispensa a outras lideranças políticas. O Judiciário, e ai inclui-se o Ministério Público e a Polícia Federal, atuaram de maneira a respeitar o rito processual, sem qualquer alarde, entrevista coletiva ou esquema desproporcional de segurança.
Segundo o advogado Alberto Zacharias Toron, que defende Aécio no caso, seu cliente respondeu a todas as perguntas feitas pelo delegado da PF e “fez questão absoluta de esclarecer tudo”.
“A ênfase que se deu é que toda a suspeita que se lançou sobre ele veio por informações ‘por ouvir dizer’. Ele refutou tudo que foi dito”, afirmou Toron em entrevista ao Estadão. A ênfase de Aécio de que as suspeitas lançadas contra ele são resultado de depoimentos baseados no “ouvi dizer” é a base da maior parte dos depoimentos de delatores da Operação Lava Jato, que deram origem ao processo contra Aécio.
Aécio responde a sete inquéritos abertos contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Neste em que foi depor, Aécio é suspeito de receber propina do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, em um esquema de desvio de recursos na estatal do setor elétrico.
O interrogatório estava marcado originalmente para a semana passada, mas foi adiado depois de o ministro Gilmar Mendes, relator deste inquérito no STF, atendeu a um pedido da defesa e garantiu acesso aos termos de depoimentos prestados por testemunhas de acusação, o que havia sido negado pela Polícia Federal.
Fonte: Portal Vermelho, com informações do Estadão