Pare um pouquinho e reflita sobre seu trabalho. Será que ele tem te causado problemas de saúde?

A pergunta tem um motivo, afinal de contas, acontecem aproximadamente 700 mil acidentes de trabalho a cada ano no nosso país, segundo os dados de 2017 da Previdência Social e do Ministério do Trabalho (MTb).

São milhares de pessoas lesionadas, acidentadas, que perdem a saúde todos os dias, desenvolvendo doenças físicas e psíquicas.

Isso ocorre, pois, além dos riscos específicos de cada atividade, muitos empregados executam suas funções em ambientes de péssimas condições.

Nessas ocasiões, não precisa ser especialista para saber que trabalhar assim é extremamente prejudicial à saúde. Por exemplo, você talvez já tenha vivido alguns destes casos ou conhece alguém que passou pelas seguintes situações desagradáveis:

– longas e intensas jornadas, sem tempo para pausas ou descanso;

– ambiente desconfortável e inapropriado, que causa dores no corpo

– realização de atividades sem equipamentos de proteção;

– jornada excessiva: o empregado entra muito cedo e chega tarde em casa;

– cobranças constantes por maior produtividade e metas;

– ambiente de trabalho ruidoso e estressante.

Desrespeito ao trabalhador

Tudo isso não é normal. As empresas devem proporcionar um local seguro, além de seguir normas que reduzem possíveis danos e evitem ao máximo os acidentes. Se a sua empresa não respeita essas condições, está violando a legislação trabalhista e isso é grave.

Todos os tipos de trabalho possuem regras estabelecidas pelo MTb e uma das principais é a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). O seu fornecimento e fiscalização de uso é obrigatório por parte das empresas.

Os patrões também devem respeitar os limites de cada funcionário, incentivar momentos de lazer e de convívio social e preencher a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) no caso de incidentes. Embora às vezes pareça distante da sua realidade, isso é direito seu!

Reforma Trabalhista pode piorar condições de trabalho

O que já não está bom, deve piorar. Para o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, os efeitos já visíveis da Reforma Trabalhista do governo Temer, em vigor desde 11 de novembro de 2017, estão reduzindo a qualidade de vida da classe trabalhadora.

“Entre os diversos pontos que precarizam e retiram direitos, a nova Lei da Reforma permite o aumento da jornada de trabalho para 12 horas diárias em qualquer atividade, um fator que pode gerar uma sobrecarga e um esgotamento ainda maior aos trabalhadores”, destaca.

Fonte: Sindeesmat