O Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Transportes Rodoviários de Umuarama (Sintrau) promete a paralisação do serviço de transporte coletivo urbano aos domingos, caso nenhuma medida seja tomada para coibir o que o sindicato classifica como uma onda de vandalismo. De acordo com o presidente do Sintrau, Hailton Gonçalvez, os motoristas estão sendo vítimas de ameaças e violência de alguns passageiros que utilizam o transporte na referida data, quando o serviço é gratuito. “Eles fazem uso de drogas dentro do ônibus, entram sem camisa e xingando, tivemos até um caso de um passageiro que mostrou os órgãos genitais para transeuntes e de outro que subiu em cima do veículo”, alegou o presidente.

GRATUIDADE

Segundo Gonçalvez, a intenção do sindicato não é de boicotar a gratuidade aos domingos, mas de chamar a atenção das autoridades públicas sobre a necessidade de um maior rigor na fiscalização do serviço. “Teremos que encontrar um meio de prover essa segurança aos trabalhadores, hoje o motorista que de antemão sabe a sua escala de trabalho aos domingos, já passa a semana ansioso, estressado com a situação”, comentou o presidente. Por isso, a concessionária que administra o serviço de transporte coletivo urbano, por meio de seu representante, Emerson Fabiano Miloca, informou o enviou à Secretaria de Ação Social de Umuarama, de um pedido para a elaboração de uma ação conjunta entre Guarda Municipal e Polícia Militar (PM) para barrar os atos de vandalismo.

PROVIDÊNCIAS

“Os motoristas estão dispostos a pedirem demissão da empresa, desta forma, para que não haja prejuízos às famílias desses trabalhadores, possivelmente se nada for feito, vamos parar o transporte no domingo”, disse o presidente. Entretanto, ele informou que a ação não será colocada em prática já neste fim de semana, pois é preciso, além das forças policiais, conclamar a conscientização da população nos próximos dias. “Já procuramos a PM e ela também já entrou em contato com a empresa prometendo providências para melhorar a segurança no Terminal Rodoviário e durante o percurso dos ônibus”, ressaltou o presidente.

CASO DE POLÍCIA

Conforme ainda o sindicalista, a Polícia Militar orientou os motoristas a ligar para o 190 e, se for o caso, conduzir o ônibus para dentro do Batalhão com os desordeiros, medida esta já aplicada em outras cidades do Paraná, como Maringá. “Vamos sugerir para a Prefeitura que haja a cobrança de um valor simbólico pela passagem, isso irá levar apenas trabalhadores e famílias a usarem o transporte. Hoje o baderneiro está usando a gratuidade para provocar tumulto”, sugeriu Gonçalvez.

Fonte: Tribuna Hoje