O transporte de produtos perigosos (químicos e inflamáveis) exige uma série de cuidados especiais por parte do empregador e do motorista. Essas substâncias oferecerem riscos à segurança pública, à saúde das pessoas e ao meio ambiente. Por isso, existe um conjunto de decretos, resoluções, leis e normas editadas por órgãos como a Associação Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que abordam sobre a melhor maneira de transportá-las.

Primeiramente, os motoristas precisam receber um treinamento especial para transportar esse tipo de carga. Para esses trabalhadores, o curso de Movimentação e Operação de Produtos Perigosos (MOPP) é tarefa obrigatória.

Além disso, os trabalhadores precisam estar atentos à documentação da carga. Portar sempre a nota fiscal da carga e a autorização para circulação é essencial, assim como ter conhecimento sobre sua classificação, o fabricante  e o importador do produto.

A carga precisa ser armazenada em embalagens especiais. O mais importante é que elas identifiquem nitidamente as propriedades de cada produto por meio de símbolos e marcações específicas.

Já os cuidados com o caminhão envolvem prioritariamente uma manutenção mecânica impecável e a sinalização externa com placas indicativas sobre as características do produto e seus riscos. Essa indicação é feita pelos rótulos de risco e painéis de segurança, que contêm símbolos indicando a classe a qual o produto pertence.

A empresa precisa oferecer equipamentos de segurança, que não devem ser retirados do interior do veículo. É imprescindível que cones, luvas, máscaras, óculos e botas estejam ao alcance do motorista na hora de uma emergência.

Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, o empregador deve respeitar todas as normas, já que a segurança do trabalhador depende diretamente das medidas que as empresas tomam. “Os acidentes que envolvem produtos perigosos geralmente são fatais, justamente pela natureza da carga. Por isso, as empresas têm a obrigação de capacitar os motoristas para transportá-los e seguir à risca as regras de identificação e circulação”, afirma.

O que fazer em um acidente?

Se mesmo com toda essa precaução um acidente vier a ocorrer, existem algumas dicas para que o motorista não se exponha a situações de perigo. A principal regra é se afastar do veículo, mesmo que a intenção seja a de socorrer outra pessoa. O segundo passo é avisar sobre o acidente para os órgãos responsáveis e solicitar ajuda médica se for necessária. Por fim, impeça que outras pessoas se aproximem.

Fonte: ISC