Trabalhar com transporte não é tarefa fácil. Além da rotina puxada, os rodoviários ainda precisam lidar com a indiferença de empresas e autoridades na criação de medidas que proporcionem mais segurança e conforto aos trabalhadores.

“Os sindicatos são os principais responsáveis por cobrar a que essas irregularidades sejam corrigidas e por brigar pela segurança da categoria. Sem esse trabalho, a situação seria ainda mais caótica. Por isso, é indispensável que os trabalhadores não tenham receio de informar ao sindicato sempre que detectarem uma situação de risco”, explica o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva.

Conheça os três grandes problemas mais comuns enfrentados pelos rodoviários e também, diariamente, pelas entidades sindicais.

  • Falta de segurança nas estradas brasileiras

O Brasil é um dos países mais perigosos do mundo para se trabalhar como rodoviário. A situação é especialmente complicada para quem atua na área de transportes de carga.

De acordo com dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), o país registra o 6º maior número desse tipo de crime em todo o mundo.

Os estados menos seguros para transporte de cargas são Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais que, juntos, somam 81% de todas as ocorrências registradas.

  • Descaso na conservação das estradas

Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Brasil possui 1,7 milhão de quilômetros em rodovias, dos quais apenas 210 mil são totalmente asfaltados.

Mesmo nesses trechos, a segurança ainda é um risco para quem trabalha na estrada. O descaso do poder público faz com que muitas rodovias não recebam a manutenção necessária e sejam sucateadas ao longo do tempo. Quem viaja diariamente conhece bem os buracos e a falta de sinalização.

  • Má aplicação das tecnologias

Hoje, existem muitas tecnologias que podem facilitar a vida dos rodoviários. Veículos mais modernos podem tornar a rotina de trabalho muito mais confortável e segura.

No entanto, muitas empresas não investem na renovação de suas frotas numa velocidade que acompanhe a modernização. E, quando o fazem, não são poucos os empregadores que não oferecem o treinamento necessário para os rodoviários, que acabam sem saber como aproveitar a totalidade das ferramentas que têm em mãos.

Fonte: Sinttrol