Os trabalhadores brasileiros vivem um momento delicado. O governo federal lançou uma série de maldades visando enfraquecer a classe trabalhadora no Brasil e acabar com direitos conquistados historicamente.
O momento é de cruzar os braços e defender todas as conquistas da classe trabalhadora, porque o governo pretender, com as reformas, precarizar as condições de trabalho e acabar com a aposentadoria no país. Unidos, trabalhadores, sindicatos e centrais sindicais saíram pelas ruas de todo o país e deixaram claro que não aceitarão calados todas as maldades propostas pelo governo.
Em 28 de abril, trabalhadores do setor de transportes em todo estado do Paraná participaram da Greve Geral contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista. As manifestações ocorreram pelo país e cobraram a retirada dessas reformas.
A Reforma Trabalhista, aprovada na Câmara dos Deputados em 26 de abril, acabará com direitos trabalhistas, além de fragilizar as relações de trabalho e gerar demissões em massa no país. Além dessa medida, a Reforma da Previdência, que deve ser votada até o final deste ano, irá impedir o acesso de milhões de brasileiros à aposentadoria e deixar os trabalhadores sem garantias de uma vida digna no futuro.
De acordo com o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, as reformas do governo federal atendem apenas aos interesses das grandes empresas, deixando de lado os interesses dos trabalhadores.
“Neste 28 de abril, o transporte de diversas cidades parou e, unidos, demonstramos nossa importância para a sociedade. As reformas Trabalhista e da Previdência irão acabar com direitos que conquistamos com muito suor e muita luta durante décadas, além de deixar os trabalhadores nas mãos dos empregadores”, afirmou.
Terceirização
A Greve Geral de 28 de abril também teve protestos contra a já sancionada Lei da Terceirização. A nova legislação altera a forma como os patrões se relacionam com seus trabalhadores terceirizados.
Agora, o contrato temporário – que antes era de no máximo 90 dias – passa a ser de seis meses, com possibilidade de renovação por mais três. Além disso, a terceirização está liberada de forma ilimitada. Antes, apenas funções de apoio, como serviços de limpeza e segurança, poderiam ser terceirizados. Com as mudanças, essa forma precária de contratação fica permitida também para as atividades-fim, que são as principais funções de uma organização.
Sindicatos presentes
No norte do estado, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), aderiu à Greve Geral. O sindicato não realizou atendimento durante todo o dia, em apoio ao protesto. Na cidade, o transporte ficou paralisado das 4h às 12h. Após essa paralisação, os trabalhadores realizaram uma grande passeata que foi iniciada em frente ao Terminal Central da cidade e seguiu até o antigo coreto, no final do calçadão. Os membros da campanha da Liga da Previdência estiveram presentes durante a passeata.
Em Curitiba, o Sindicato dos Empregados em Escritório e Manutenção nas Empresas de Transportes de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindeesmat), apoiou a Greve Geral de 28 de abril. Na cidade, as manifestações foram iniciadas às 9h, na Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico da capital paranaense.
De acordo com o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, a Greve Geral buscou alertar a população sobre os grandes prejuízos que as reformas Trabalhista e da Previdência trarão para a sociedade.
“Não podemos ficar parados, assistindo à flexibilização dos direitos dos trabalhadores. Lutamos contra a retirada de direitos, contra a precarização do trabalho, contra esse governo que só pensa nos grandes empresários e deixa os trabalhadores sem segurança alguma, agora e no futuro”, afirmou.
Também na capital paranaense, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), mobilizou seus trabalhadores durante a paralisação. Em 28 de abril, Curitiba amanheceu sem transporte coletivo e permaneceu dessa forma durante todo o dia.
Os sindicatos Sintropas-PG, Sintrodov, Sintruv, Sinconvert, Sincvraap, Sindicap, Sindimoto/Noroeste, Sindmotos Norte, Sinetrapitel, Sintracarp, Sintramotos, Sintrar, Sintrau, Sintropab, Sinttromar, Sinttrotol, Sitro, Sitrocam, Sintrofab, Sitrovel, Sttrpg, Sitro-fi, Sintramoc, Sintrocar e Sinttracovel também participaram das manifestações de 28 de abril.
Fonte: Fetropar