A redução da jornada de trabalho é uma das maiores reivindicações dos sindicatos na disputa pela melhoria das condições de trabalho. Reduzir a jornada significa também uma maior geração de empregos com carteira assinada, uma vez que mais trabalhadores serão contratados para garantir a produção.
Além disso, é preciso controlar o limite diário de horas extras. Para o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, reduzir a carga semanal para 40 horas já seria um grande avanço. “É importante lutar pela redução da jornada sem deixar de observar a legislação sobre as horas extras, pois o efeito do excesso de jornada pode ser prejudicial aos trabalhadores”, afirma.
Segundo um estudo compilado feito pela revista norte-americana Inc., relacionando o número de horas trabalhadas aos diversos problemas de saúde, concluiu-se que o máximo que se deve trabalhar corresponde a 40 horas semanais. O levantamento realizado em 2016 indicou ainda que ultrapassar esse limite com frequência pode causar problemas físicos e mentais, além de afetar a produtividade do trabalhador.
Reforma Trabalhista: aumento da jornada diária
Com o discurso de “modernização das relações de trabalho”, a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), sancionada por Michel Temer, alterou vários pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), entre eles o limite de horas da jornada de trabalho. De acordo com as mudanças, que entraram em vigor em 11 de novembro do ano passado, as empresas podem contratar o trabalhador para exercer até 12 horas diárias (jornada 12×36), antes o limite era de oito horas por dia.
Outra alteração feita não considera mais parte da jornada de trabalho atividades como higiene pessoal, alimentação, troca do uniforme e estudos. Antes, a Justiça compreendia como parte da jornada todo o tempo em que o funcionário estava à disposição do patrão dentro da empresa, mesmo que não estivesse, de fato, trabalhando.
Fonte: Sinttrol