Assédio moral é mais do que uma bronca, e se repete por um longo período

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Assédio moral é mais do que uma bronca, e se repete por um longo período

Por muito tempo, um trabalhador foi exposto a situações constrangedoras e humilhantes. O comportamento não durou apenas um ou dois dias, mas se prolongou enquanto o empregado exerceu suas funções. Ele recebia ofensas e ameaças de demissão.

O exemplo mencionado caracteriza o assédio moral. Nas relações de trabalho, ele acontece quando predominam as condutas negativas e desumanas dos superiores em relação aos subordinados. Em muitos casos, o comportamento é tão constrangedor que desestabiliza completamente o ambiente de trabalho. Isso faz com que a vítima seja forçada a desistir do emprego.

Para ser designado como assédio moral, as ofensas e agressões devem ser constantes. Por ocorrer de maneira repetitiva e prolongada durante o horário de trabalho e enquanto o empregado desempenha suas atividades, o assédio moral transforma o ambiente em um lugar hostil e de tortura psicológica. Isso, segundo alguns advogados, gera danos à personalidade do trabalhador.

Tais agressões nem sempre são físicas. Podem aparecer, também, disfarçadas de piadas e brincadeiras. Se, por meio dessas, houver a intenção de atingir a honra e a imagem do trabalhador, podem ser consideradas assédio moral.

“O assédio é aquele que está violentando, às vezes, o seu íntimo. Só você está sentindo. Como um desdém, uma forma de olhar, uma forma de te tratar reiteradamente, que deixa uma insatisfação pessoal e profissional”, comenta a advogada do Sindeesmat Lucia Maria Beloni Correa Dias.

Uma das modalidades mais comuns de assédio moral é o assédio vertical, que acontece quando um chefe, gerente, diretor, encarregado ou até mesmo o proprietário da empresa pratica algo contra um subordinado – no caso, o empregado. Ele também pode ser caracterizado como assédio coletivo, quando as ofensas são direcionadas a um grupo de pessoas.

Um dos principais motivos do assédio entre superiores e subalternos, segundo o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, é o fato de o empregador desejar o desligamento do funcionário. No entanto, como ele não quer demiti-lo por causa das despesas trabalhistas que isso acarreta, ele cria um ambiente de trabalho insustentável.

“Com isso, o empregado é levado a pedir demissão. O chefe também pode exigir o cumprimento de metas inatingíveis ou, no outro extremo, não oferecer trabalho ao funcionário. Isso afeta a sua autoestima e também pode ser configurado como assédio moral”, avalia.

A advogada do Sindeesmat explica que, quando um trabalhador chega com uma denúncia de assédio moral, é feita uma reunião com a diretoria do Sindicato e são tomadas medidas jurídicas e administrativas. Por isso, denuncie!

Fonte: Sindeesmat

Por |2020-05-25T15:03:02-03:0008/12/2016|Notícias Sindicatos Filiados|0 Comentários