A atuação dos trabalhadores em transportes rodoviários é essencial para a movimentação de diversos setores da economia. São eles que garantem o fluxo de mercadoria e o transporte dos cidadãos nas rodovias. Mesmo sendo central para o funcionamento da sociedade, a categoria está longe de ter condições ideais para exercer suas atividades. As jornadas extensas, o acúmulo de funções e a falta de estrutura para a higiene trazem consequências para a saúde do trabalhador.

Uma série de estudos sobre o bem-estar de quem ganha a vida nas estradas indica que o desgaste físico e emocional leva os motoristas rodoviários a desenvolverem doenças, como hipertensão, obesidade, estresse, lombalgia (a famosa dor nas costas), Lesão por Esforço Repetitivo (LER) etc.

Vale lembrar que mesmo os aspectos aparentemente inofensivos dessa atuação profissional podem colocar em risco a integridade do trabalhador. A vibração do veículo é um deles. A instabilidade causada por esse fenômeno pode provocar mal-estar, tontura, dor de cabeça e lentidão dos reflexos. Outra doença ocupacional comum entre esses motoristas é a perda auditiva, causada pela exposição permanente aos ruídos do motor do ônibus ou do caminhão.

O presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, orienta os trabalhadores que estiverem sendo expostos a condições degradantes de trabalho a procurarem o sindicato. “A rotina desses trabalhadores é muito cansativa. São horários de entrega para cumprir, preocupação com o tráfego e com a segurança nas estradas. O mínimo que as empresas devem fazer é garantir condições dignas de trabalho para a categoria”, afirma.

Fonte: Sinttrol