Pesquisa do Instituto DataSenado revela que os atletas brasileiros estão muito otimistas em relação à Paralimpíada no Rio de Janeiro – 95% dos entrevistados acreditam que o evento vai incentivar a pratica de esportes das pessoas com deficiência. Dos estrevistados, 62% confiam que o Brasil estará entres os três primeiros no quadro geral de medalhas.

Em Londres, com a sétima posição no quadro geral de medalhas, o Brasil teve o melhor desempenho na história de participação nos Jogos Paralímpicos. Foram 21 ouros – 9 na natação -, 14 pratas e 8 bronzes. A China, com 95 medalhas, foi a primeira. A Rússia, com 35, foi a segunda. E, com 31, os Estados Unidos foram o sexto no quadro de medalhas.

A pesquisa — primeira do gênero no país — foi realizada em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, de 14 a 20 de julho, em parceria com o gabinete do Senador Romário (PSB-RJ) e a colaboração do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Foram ouvidas por telefone 888 pessoas – 82% atletas na ativa e 18% ex-atletas. Entre os atletas em atividade, 89 (12%) declararam que irão participar da Paralimpíada do Rio, que ocorrerá em setembro, dos dias 7 a 18.

Organização e medalhas

Otimistas em relação ao evento no Brasil, os atletas avaliaram que, no Rio, além da melhor posição no quadro geral de medalhas, também a organização será melhor do que da última Paralimpíada que participaram – Londres/2012 -, particularmente nos itens: atuação da equipe de apoio, acessibilidade nos alojamentos, transporte dos atletas e acessibilidade nos locais de competição.

Pouco espaço na mídia, falta de investimentos, dificuldade de patrocínio, número insuficiente de técnicos e de ginásios devidamente apropriados foram as principais dificuldades apontadas pelos atletas.

O setor público apareceu como o maior investidor, no Brasil, dos esportes paralímpicos. Conhecida por 95% dos pesquisados, a Bolsa Atleta foi indicada como a principal fonte de recursos para o setor, financiando 41% dos atletas em atividade. A Lei de Incentivo ao Esporte apareceu na segunda posição, com 20% de beneficiários.

Os homens são majoritários entre os atletas paralímpicos brasileiros (72%), que estão concentrados na faixa etária dos 20 aos 39 anos (60%). A maioria tem ensino médio completo (53%), renda até dois salários mínimos (59%) e, entre os que ainda treinam, 67% vive exclusivamente do esporte. E 49% deles não praticavam esportes antes da deficiência.

 

Fonte: Agência Senado