O ano de 2017 promete muitos desafios para os dirigentes sindicais. Com a Reforma Previdenciária em discussão e uma proposta de reforma trabalhista logo na sequência, os dirigentes sindicais têm a missão de batalhar pela preservação dos direitos dos trabalhadores.

Como as garantias trabalhistas estão ameaçadas, é preciso pensar em estratégias para que o movimento sindical possa unir forças. Para discutir esses assuntos, a Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar) se reuniu, em 24 de janeiro, para avaliar os passos seguintes da Federação.

Durante o encontro, os dirigentes sindicais discutiram como será a organização dos próximos eventos. Uma das preocupações dos dirigentes é a criação de outros sindicatos que possam interferir na atuação dos sindicatos dos rodoviários. A questão foi debatida e os dirigentes sindicais irão avaliar mais a fundo o assunto.

É o caso, por exemplo, da criação do Sindicato dos Dirigentes Sindicais do Estado do Paraná (Sindispar). O presidente da Fetropar, João Batista da Silva, salientou que isso está fora da legislação, pois o dirigente já possui uma entidade que o representa.

“O sindicato não é uma atividade econômica. A Federação já é o sindicato dos sindicatos”, salientou.

Debates

A reunião também trouxe para o debate a importância de se alertar os trabalhadores sobre as pautas nacionais sobre as quais os trabalhadores devem ser orientados.

De acordo com João Batista, as mudanças irão interferir no dia a dia do trabalhador, a exemplo do aumento da jornada de trabalho.

“Acho que é possível abrir o diálogo com a base. Precisamos comunicar aos trabalhadores o que, na prática, irão significar essas mudanças”, ressaltou.

O assessor jurídico da Fetropar Sandro Lunard Nicoladeli comentou que, mesmo que alguns projetos estejam em processo de espera no governo, os fatores da economia irão interferir no avanço das pautas de retrocessos sociais.

“Cada vez mais, precisamos nos fortalecer. Nós precisamos nos posicionar de maneira clara e promover ações políticas concretas”, salientou.

O dirigente sindical Moacir Ribas Czeck considerou que as propostas de reformas retornam ao que existia antes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

“É papel do dirigente sindical orientar os trabalhadores, pois o que o governo quer é acabar com os sindicatos”, defendeu.

O que está acontecendo no país irá diminuir a força do dirigente sindical, conforme avaliou o diretor Luiz Adão Turmina. “Temos que ser rápidos, pois o que está para ser votado é algo que vai prejudicar muito”, disse.

Fonte: Fetropar