Por meio de um golpe, um grupo tentou fundar – de forma ilegal – um sindicato para os motoristas cegonheiros (que adotaria a sigla Simocegpar), sendo que estes trabalhadores já são plenamente representados pelo Sindicato dos Trabalhadores, Motoristas em Geral, Ajudantes de Caminhões, Conferentes, Escritórios e Administração, nas Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas Líquidas, Gasosas, Combustíveis, Secas, Fracionada, a Granel e em Geral, no Estado do Paraná (Sintracarp).
Para barrar a tentativa fraudulenta, mais de cem trabalhadores da categoria compareceram ao local definido. Com a movimentação, cartazes cancelando a assembleia foram colocados na porta do local para informar que a assembleia havia sido cancelada.
A Assembleia havia sido convocada para o último dia 3 indicando locais diferentes em cada jornal em que o edital foi veiculado. Segundo a advogada desse grupo, Camila Martin dos Santos Benevides, houve um erro por parte dos veículos de comunicação. “A asse
mbleia que foi agendada para a data foi cancelada por motivos de houve um problema na publicação da convocação desta assembleia no Diário Oficial da União (DOU). Em que pese que nós tenhamos enviado os dados corretos, a publicação foi realizada com a data, o local e o horário errado”.
“Para que não haja qualquer tipo prejuízo à categoria, nós decidimos cancelar e vai ser realizada uma nova assembleia, com nova publicação tanto no DOU quanto em jornal de circulação estadual aqui no Paraná”, finalizou Camila.
A justificativa não convenceu os trabalhadores, que consideraram muito improvável que tenha havida erro por parte dos veículos de comunicação, uma vez que os dados para editais são de responsabilidade de quem paga o anúncio.
Além disso, os trabalhadores também questionaram a escolha do local para a realização de uma assembleia de fundação de um novo sindicato. O local definido foi um escritório de advocacia.
Toda a movimentação foi acompanhada por um representante do Ministério do Trabalho (MTE) e uma ata notarial foi lavrada na ocasião por um cartorário para que ficasse registrado a decisão dos trabalhadores contra a fundação do sindicato.
O presidente do Sintracarp, Vicente Venuk Pretko, declarou na data que “como o cancelamento da Assembleia não foi publicado em edital, nós fomos à Assembleia, e eu quero dizer que nós não aceitamos. O sindicato foi criado sem fazer assembleia na porta da empresa, no pátio da empresa, ninguém foi lá, só os diretores que assinam, então nós estamos declarando que não aceitamos esse tipo de coisa”.
A participação massiva dos rodoviários foi decisiva para a decisão de barrar a criação desse novo sindicato. Os motoristas cegonheiros declararam na ocasião que se sentem completamente atendidos pelo Sintracarp e que não aceitam a criação de outra representação.
Fonte: Fetropar