As rodovias do Paraná estão entre as quatro mais perigosas do país em relação a atropelamentos de animais de grande e médio portes, como cachorros e cavalos. Em 2016, foram registrados 129 casos desse tipo de acidente nas estradas federais do estado, que tiveram como consequências quatro mortes e 99 pessoas feridas, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Até junho de 2017, foram 54 acidentes, com 31 feridos.

De acordo com o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), aproximadamente 473 milhões de animais são atropelados a cada ano, ou um total de 15 animais mortos por segundo. Os acidentes correspondem à principal causa de morte de animais silvestres, ultrapassando caça ilegal, poluição e desmatamento.

Desde que foi criado em 2014, um aplicativo colaborativo chamada Urubu Info, do CBEE, já registrou no Paraná a morte de 457 mamíferos, 230 répteis, 259 aves e 275 anfíbios, totalizando 1.221 ocorrências. “Há muitos trechos de rodovias paranaenses que não possuem placas ou estratégias para a redução desses acidentes, que impactam a nossa fauna e trazem riscos aos motoristas”, afirma o presidente da Fetropar, João Batista da Silva.

Se contarmos os animais de pequeno porte, como aves, répteis e roedores, os números no Brasil alcançam milhões, são 15 animais selvagens atropelados a cada segundo (sem somar os domésticos). Em um dia, são 1,3 milhão de ocorrências, segundo o Atropelômetro, ferramenta criada pelo CBEE.

Trechos com maior número de acidentes no Paraná

Foram recolhidos 147 animais em rodovias do noroeste do Estado e registrados 24 acidentes com animais de grande porte em 2016. A BR-376 é o trecho mais problemático para os motoristas, principalmente entre os quilômetros 184 e 191, de Sarandi e Marialva, e os quilômetros 102 a 158, de Paranavaí a Mandaguaçu.

Precaução

À noite, o condutor precisa redobrar a atenção. Em locais com sinalização de animais na pista, deve-se reduzir a velocidade. Com o farol alto, o motorista consegue ver um animal a 400 metros de distância. Com farol baixo, somente a 150 metros e, dependendo da aceleração, não dá tempo de parar.

Não é recomendado buzinar e nem ligar a luz alta quando um animal aparecer na pista, para não amedrontá-lo, pois ele pode reagir. No caso de encontrar bichos atravessados na rodovia, o motorista deve desviá-los e sempre olhar o retrovisor.

Fonte: Fetropar