Investir em mobilidade urbana significa ampliar a oferta de transporte coletivo para a população. A criação de corredores de ônibus e a utilização de veículos sustentáveis, como trólebus e elétricos a bateria, são alternativas que diminuem a emissão de gases poluentes, preservando a vida e a saúde das futuras gerações.

A preocupação com a poluição causada por carros e ônibus aumentou após a divulgação de dois estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), chamados Herdando um mundo sustentável: Atlas sobre a saúde das crianças e o meio ambiente e Não polua o meu futuro! O impacto do meio ambiente na saúde das crianças.

De acordo com os levantamentos, 1,7 milhão de crianças morrem por ano em razão de problemas ocasionados ou agravados pela poluição. A falta de saneamento básico, a contaminação do solo e da água e a poluição do ar, que é provocada, principalmente, pelo excesso de veículos nas cidades são as principais causas desse problema.

As pesquisas revelam que as doenças mais comuns causadas pela poluição são as respiratórias, como a pneumonia – que resultou na morte de 15,5% de crianças de até 5 anos de idade, em 2015. Além dos problemas respiratórios, malária e diarreia também estão relacionadas à poluição.

Exemplo mundial

Os relatórios da OMS indicam Curitiba como um exemplo a ser seguido. Desde 1974, a capital paranaense investiu no transporte coletivo e em corredores de ônibus. De acordo com a OMS, essa atitude trouxe um impacto positivo na vida dos moradores da cidade e no meio ambiente.

De acordo com o presidente da Fetropar, Moacir Ribas Czeck, investir em transporte público de qualidade faz com que as pessoas que normalmente se deslocam sozinhas em seus carros, optem pelos ônibus para realizar seus trajetos diários.

“Oferecer um sistema de transporte coletivo mais eficaz e sustentável traz inúmeros benefícios à população. Os deslocamentos serão mais rápidos, pois mais pessoas estarão dispostas a trocar seus carros por ônibus. Com menos veículos nas ruas, menos gases poluentes serão liberados – principalmente nas grandes cidades. É possível mudar o cenário que a OMS revelou, começando pelo investimento em mobilidade urbana”, afirma.

Fonte: Fetropar