A última sexta-feira (14) ficou marcada como a maior mobilização em defesa da Previdência Social e dos direitos do trabalhador brasileiro até o momento. A Greve Geral parou o país e levou dezenas de categorias às ruas em pelo menos 300 cidades. Ao todo, mais de 45 milhões de pessoas deixaram de comparecer aos seus locais de trabalho para dizer não à Reforma da Previdência.
Os trabalhadores paralisaram suas atividades por um dia inteiro para deixar bem claro ao Governo Federal que a aposentadoria da população é intocável.
Além da pauta principal, o dia de luta também lembrou que o trabalhador brasileiro não irá aceitar os ataques que vem sofrendo nos últimos anos, como a Reforma Trabalhista e o descaso com o desemprego, que já afeta mais de 13 milhões de pessoas e não parece despertar nenhuma preocupação no Governo Bolsonaro – que ainda não apresentou nenhuma política pública efetiva para gerar postos de trabalho.
Mobilização
No dia da Greve Geral, o período da manhã foi reservado para que várias categorias realizassem programações próprias em diversos pontos da cidade. Logo no início do dia, a luta começou forte com a ocupação de locais como a BR-277, BR-476 e o Contorno Sul, em Curitiba. Já os servidores públicos pararam o Centro Cívico e se concentraram em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo do estado.
Já o grande ato unificado – que reuniu todas as categorias paralisadas, entidades sindicais e movimentos sociais – começou no início da tarde, na Praça Santos Andrade. Milhares de pessoas percorreram o centro passando pelas ruas Marechal Deodoro, Marechal Floriano Peixoto e Rua XV de Novembro, até encerrar o dia na Boca maldita.
Foram realizados atos em dezenas de cidades do Paraná.
Importância
A principal bandeira da Greve Geral foi a luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, mais conhecida como Reforma da Previdência.
O projeto irá desmontar o sistema de seguridade social no Brasil, atingindo em cheio a classe trabalhadora e a população mais vulnerável economicamente.
Se for aprovada, a Reforma irá lançar o trabalhador em um cenário de incertezas, em que o mercado financeiro terá a liberdade de administrar as contribuições dos assalariados como bem entender. Além disso, o plano é desobrigar o governo e os empresários de injetarem dinheiro na Previdência, diminuindo a arrecadação e o valor dos benefícios, enquanto o lucro do empresariado só cresce!
Como se não bastasse, a PEC ainda é particularmente cruel com mulheres, pessoas com deficiência, pensionistas, idosos em situação de extrema pobreza e trabalhadores que desempenham atividades de risco, expondo todas essas pessoas a circunstâncias de vulnerabilidade.
O sucesso da Greve Geral de 14 de junho foi fundamental para mostrar ao Governo Federal que a classe trabalhadora não irá ficar de braços cruzados enquanto é lançada nesse abismo. O Brasil não merece esse futuro!
O direito à aposentadoria e outros benefícios previdenciários foi conquistado a duras penas, depois de décadas de mobilização. É com essa mesma energia, força e união que os trabalhadores estão em luta para defender a Previdência Social em 2019!
Fonte: Fetropar