Você sente que está sempre cansado, com raciocínio lento, muito desanimado e com constantes dores de cabeça? A vida do trabalhador é tão corrida e cheia de responsabilidades que, às vezes, o cansaço acaba se tornando um companheiro. O problema é quando essa indisposição não passa nunca.
Se esse for o seu caso, existe até um nome para esse conjunto de sensações: é a fadiga crônica. Diferentemente da fadiga aguda, que pode ser solucionada com uma boa noite de sono, a crônica é um estágio avançado de esgotamento físico e mental que afeta de forma permanente as funções psicológicas e motoras dos trabalhadores. Não tem sono, ingestão de café ou banho gelado que dê um jeito nela.
Nesses casos, é preciso estar atento: na maioria das vezes, essa indisposição duradoura pode ter relação direta com as condições de trabalho. Jornadas extensas, pressão por produtividade, ambientes muito quentes ou muito frios, locais barulhentos, iluminação inadequada e outros fatores colaboram para o surgimento da fadiga crônica. Não é por acaso que ela é apontada como uma das principais causas de acidentes de trabalho.
Indisposto, o empregado não consegue cumprir com suas obrigações, limitação que tende a gerar acúmulo de tarefas e, consequentemente, altos níveis de ansiedade. A médio e longo prazo, a fadiga crônica também pode levar o trabalhador a desenvolver sérios problemas psicológicos mais graves, como depressão.
A receita para solucionar esse problema não é milagrosa, mas muitos patrões fingem não a conhecer. Garantir maior flexibilidade nos horários, oferecer um local confortável para descanso, diminuir as cobranças e reduzir a jornada diária de trabalho são medidas que, comprovadamente, afastam o trabalhador da fadiga crônica.
Mas o que se vê no mercado de trabalho é um cenário oposto a esse. A maioria das empresas ignora a qualidade de vida dos trabalhadores. E pior: com a Reforma Trabalhista, aprovada com o objetivo de aumentar ainda mais o lucro dos empresários, as jornadas diárias podem ser ainda mais longas e com intervalos menores.
Para o presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, as ocorrências de fadiga crônica entre os trabalhadores são um exemplo do descaso dos patrões com a saúde dos empregados. “Cada categoria está submetida a condições de trabalho específicas e as empresas precisam estar atentas a isso. Por exemplo, trabalhar por oito horas sob o sol ou em uma sala com ar-condicionado são coisas totalmente diferentes. Infelizmente, os patrões fazem vista grossa às condições de trabalho para conseguirem explorar cada vez mais os trabalhadores”, afirma.
Caso o trabalhador esteja submetido a condições inadequadas no seu ambiente de trabalho, que venham prejudicando seu bem-estar físico e mental, ele deve entrar em contato com o Sindeesmat pelos telefones: (41) 3222-6969; celular: (41) 9645-9957; WhatsApp: (41) 9597-9218.
Fonte: Sindeesmat