A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou uma queda de 24,8% no total de mortes registradas no Paraná ao longo de 2015. O total de mortes caiu de 778 em 2014 para 585 no ano passado –193 mortes a menos.

O total de feridos nas rodovias federais paranaenses caiu 12,8% no mesmo período, de 11.406 para 9.943.

Tanto a quantidade de mortes quanto a de feridos são as menores registradas pela PRF desde 2010 no Paraná. Em meados de 2009, a instituição passou a ser responsável pela fiscalização de aproximadamente quatro mil quilômetros de rodovias federais no estado. Até então, a malha viária paranaense fiscalizada pela PRF era de 1,1 mil quilômetros.

Entre as possíveis razões para essa queda significativa dos números de feridos e de mortos em 2015, a PRF lista uma alteração recente do Código Brasileiro de Trânsito, que desde novembro de 2014 prevê multas maiores, de até R$ 1.915, para ultrapassagens perigosas; a instalação de novos radares controladores de velocidade; e a fiscalização das rodovias federais por meio de câmeras de videomonitoramento.

A Polícia Rodoviária Federal tem procurado focar ainda nas condutas dos motoristas que tendem a provocar acidentes graves, como ultrapassagens irregulares, ingestão de bebidas alcoólicas e excesso de velocidade.

O total de acidentes registrados passou de 17,2 mil em 2014 para 12,7 mil, uma redução de 26% em 2015. Ao menos em parte, essa redução do número de acidentes se deve à implantação pela PRF, em junho do ano passado, do registro eletrônico de acidentes sem vítimas.

Esse registro pode ser feito em até 60 dias, pela internet, diretamente pelos envolvidos nas ocorrências. Com essa mudança, a PRF passou a priorizar o atendimento de acidentes mais graves, com pessoas feridas ou mortas. E acidentes sem gravidade deixaram de entrar nas estatísticas oficiais do órgão.

Sobre os acidentes com mortes

As causas presumíveis dos acidentes com mortes ocorridos em 2015, apontadas pelos policiais rodoviários federais que atenderam as ocorrências no Paraná, são as seguintes, nesta ordem: velocidade incompatível (31,2% das mortes); falta de atenção (28,5%); desobediência à sinalização (11,2%); ingestão de álcool (10,1%); ultrapassagem indevida (9,9%); sono (2,9%); defeito mecânico (2,7%); não guardar distância de segurança (2,7%); e defeito na via (0,8%).

Colisões frontais e atropelamentos provocaram mais da metade das mortes. Do total de vítimas, 30,2% morreram em colisões frontais e 23,1%, em atropelamentos. Cada um desses dois tipos de colisão representou cerca de 4% do total de ocorrências, mas ambos têm altíssimo índice de letalidade.

Em 79,9% dos casos de acidentes com mortes, a pista estava seca. A maioria das mortes (55,3%) ocorreu à noite.

A faixa etária de 20 a 24 anos foi a com maior número de mortos (86). Cerca de 15% das pessoas que perderam a vida conduziam ou eram passageiros de motocicletas. Quinze ciclistas perderam a vida nas rodovias federais do Paraná em 2015.

 

Fonte: Blog do Caminhoneiro