A sociedade moderna permite que as mulheres atuem nas mais diversas áreas profissionais. Cenário visto como impossível em décadas passadas, a presença feminina em ocupações que só homens poderiam realizar tem se tornado mais sólida com o passar do tempo. Forte, independente e dona de suas próprias escolhas, a mulher contemporânea não se preocupa mais com o que vão pensar. Se ela quer, ela faz!

No dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher, e a Fetropar faz questão de homenagear todas as motoristas que enfrentam, diariamente, o preconceito e o machismo nas ruas e estradas brasileiras. Não é fácil ocupar uma profissão historicamente dominada pelos homens, mas aos poucos, o até então chamado “sexo frágil” vai se mostrando cada vez mais forte, inclusive atrás do volante.

Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, a presença feminina nas estradas do país é sinal de igualdade e democratização da profissão. “Independentemente do gênero, todos têm o direito de trabalhar com o que traz felicidade e satisfação pessoal. As mulheres podem e devem se inserir cada vez mais no universo rodoviário”, afirma.

No entanto as estatísticas ainda mostram que as mulheres, apesar de estarem em maior número atrás dos volantes, muitas vezes recebem salários menores e passam por situações complicadas no dia a dia.

Sair para longas jornadas de trabalho e deixar a família já é uma tarefa difícil. Outros desafios e adversidades também envolvem a profissão. Nas estradas, as motoristas de caminhão sofrem dificuldades para encontrar pontos de descanso com estrutura favorável. Muitos desses locais, por exemplo, nem sequer possuem sanitário feminino.

A falta de recursos disponíveis para as mulheres é resultado de uma cultura que apresenta os homens como seres mais capazes e habilidosos para determinadas tarefas. Enquanto isso, as mulheres ficariam restritas a tarefas domésticas.

Marta Pires sentiu na pele esse peso. Durante toda a vida, ela trabalhou como dona de casa. Mas a paixão por caminhão, porém, começou a falar mais alto. Na infância, aprendeu a dirigir praticamente sozinha. Quando casou, o ex-marido era caminhoneiro. Isso foi um estímulo para que ela se envolvesse na profissão.

A paixão aumentou. No entanto ingressar na carreira não foi uma tarefa fácil. As vagas para as mulheres são mínimas. Mesmo assim, Marta tentou uma oportunidade na empresa Fagundes e agora completa nove anos na empresa.

Mesmo com as dificuldades e os contratempos, a experiência agora é positiva, e muitos colegas de profissão terminam por reconhecer e admirar o trabalho que ela realiza.

Fonte: Fetropar