As exigências profissionais que recaem sobre o motorista de caminhão em 2018 são muito diferentes das que a profissão tinha há algumas décadas.

Mas a crescente modernização dos veículos e as mudanças na própria dinâmica do mercado do trabalho, levaram o rodoviário a buscar o aprimoramento do seu trabalho. Hoje, até os que aspiram ao primeiro emprego como motorista precisam comprovar uma série de habilidades.

O problema é que esse discurso pode mascarar o papel dos empregadores quanto à qualificação da mão de obra. As empresas têm grande responsabilidade na capacitação do trabalhador, não só para reduzir custos ou otimizar o tempo, mas também para garantir mais segurança a todos que transitam pelas rodovias.

Para o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, os patrões tendem a se preocupar unicamente com os gastos da empresa, deixando a segurança dos trabalhadores de lado. “Alguns empregadores chegam a qualificar os trabalhadores para que eles possam dar conta de funções a mais que não são as deles. Isso não pode acontecer em nenhuma hipótese. Essa capacitação não pode deixar de lado a integridade da categoria”, defende.

Para além do lucro

Não há dúvidas de que todo empregador que investe na formação profissional dos trabalhadores deseja mais produtividade e lucro em troca. No entanto, existem formas de superar esse pensamento e investir no bem-estar da categoria.

Treinamentos e cursos voltados à segurança do trabalho, à prevenção de acidentes, à direção defensiva e às situações emergenciais são alguns dos exemplos de uma qualificação consciente, que vá além da preocupação com os números da empresa. “As empresas precisam se conscientizar de que os trabalhadores não são apenas números”, finaliza João Batista.

Fonte: ISC