Entre 29 de agosto e 1º de setembro foi realizado o seminário A CLT Pós-Temer e suas Consequências Jurídicas e Sindicais, que teve o apoio da Fetropar e foi organizado pela Nova Central Sindical de Trabalhadores do Estado do Paraná (NCST/PR) e pelo Instituto Edésio Passos, na sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado do Paraná (Fetraconspar). O evento abordou as mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista e também apontou estratégias para os sindicatos enfrentarem as mudanças na legislação que entrarão em vigor a partir de novembro.
Entre os palestrantes estiveram Sandro Lunard Nicoladeli e André Passos, assessores jurídicos da Fetropar, que apresentaram temas relacionados ao custeio sindical e à negociação coletiva, respectivamente. O presidente da Fetropar, João Batista da Silva, esteve presente em todos os dias do seminário e reforçou a importância do evento para os dirigentes sindicais.
“Foi uma oportunidade de repensar o comportamento e o posicionamento dos sindicatos em relação a nossa atuação e ação política, considerando as ameaças da Reforma”, afirmou.
No primeiro dia, a palestra de André Passos – Com o pires na mão? Como fica a estrutura e o custeio sindical – abordou a sustentabilidade do movimento sindical. Segundo ele, o atual sistema sindical tinha fundação na contribuição sindical compulsória e será prejudicado pela alteração decorrente da Reforma Trabalhista.
“Os custos para os sindicatos realizarem suas atividades e continuarem lutando pelos direitos da categoria continuam sendo os mesmos, mas a arrecadação será alterada, o que pode trazer inúmeras consequências para as entidades”, reforçou.
Em 30 de agosto, no segundo dia do seminário, Sandro Lunard apresentou a palestra Negociação coletiva: risco ou oportunidade? Segundo ele, a vontade coletiva e os atos coordenados que resultam na solenização dos instrumentos por meio das assembleias são pontos principais da negociação coletiva.
A consultora jurídica Zilmara Alencar ministrou, no terceiro dia de evento, a palestra Traduzindo a Reforma Trabalhista, que abordou os impactos das mudanças no eixo sindical. Zilmara destacou a criação de estratégias unificadas para que as entidades possam enfrentar a Reforma e continuar lutando pelos direitos dos trabalhadores.
Além das palestras, o seminário realizou grupos de discussão sobre os assuntos abordados, de forma a estimular a troca de ideias para que os sindicatos pudessem se fortalecer e houve a distribuição de uma cartilha com textos e quadros referentes às palestras apresentadas.
Ao todo participaram cerca de 180 dirigentes sindicais, assessores e advogados, representando 92 entidades sindicais.
Fonte: Fetropar