O trabalho na estrada definitivamente não é seguro. As as condições precárias das rodovias, os assaltos e roubos de carga e a exposição aos perigos do trânsito são apenas algumas das preocupações dos motoristas rodoviários. Para muitos desses trabalhadores, há mais uma preocupação: o risco de tombamento dos veículos de grande porte.

Por serem altos e estreitos, os caminhões e os ônibus têm grandes chances de tombar até em condições consideradas estáveis para veículos menores. Uma curva de pouco risco para um carro convencional, por exemplo, merece atenção redobrada de um motorista de veículos de grande porte.

Isso porque a movimentação lateral da carga desestabiliza o veículo e o inclina. Basta que o pneu de alguma das laterais se levante do chão para que o tombamento se torne inevitável. Para se ter uma ideia,  um caminhão pode tombar a 25 km/h, velocidade bastante inferior aos limites comuns nas rodovias.

Não há dúvidas de que a falta de manutenção nas estradas brasileiras contribui para a ocorrência desse tipo de acidente. Ao tentar desviar de um buraco, o motorista pode perder o controle do veículo em poucos segundos.

Outras características que não estão ligadas à conservação das rodovias, contudo, podem favorecer o tombamento. As curvas fechadas, as rotatórias, as alças de acesso e os viadutos, por exemplo, merecem cuidado redobrado dos rodoviários.

Além disso, especialistas indicam pelo menos dois cuidados fundamentais para evitar esse tipo de acidente. O primeiro e o mais importante é transitar em uma velocidade pelo menos 10 km/h inferior ao limite indicado pela sinalização. O segundo é uma obrigação do patrão e diz respeito ao limite de peso da carga.

O presidente da Fetropar, Moacir Ribas Czeck, lembra que a empresa é a responsável por não exceder a margem de peso permita. “Além de ser considerado uma infração pelo Conselho Nacional de Trânsito, o excesso de peso representa um grande risco para a integridade dos motoristas. Os patrões não podem colocar o lucro acima da  saúde da categoria”, afirma.

Fonte: Fetropar