É notável a popularização dos aplicativos de serviços – oriundos das chamadas economias colaborativas – como Uber, Cabify, Rappi, Glovo, entre outros.

No Brasil, com o aumento do desemprego dos últimos anos, essas atividades acabaram se tornando uma alternativa de sustento para muita gente. Porém as condições de trabalho precárias e ausência de direitos (comuns a esse tipo de atividade) estão gerando uma alerta à sociedade.

É o que se chama de “uberização do trabalho” (uma referência ao nome da principal empresa desse tipo de atividade no mundo).

De olho na uberização

Por mascarar as relações assalariadas (que seriam protegidas pela legislação trabalhista) em uma aparência de relação entre empreendedores (prestadores de serviços), a principal característica da relação é a ausência dos direitos.

“Sob essa falsa liberdade, os trabalhadores têm jornadas de 12, 14 e até 16 horas por dia, além de falta de assistência por parte dessas empresas”, explica o presidente da Fetropar, Moacir Ribas Czek.

As empresas, ao tentarem dizer que são economias compartilhadas, prometendo a “liberdade” ao indivíduo que trabalhar para ela, só continuam promovendo uma superexploração.

Sem garantir nenhuma mudança nessa relação trabalhista, só se maquia um modelo novo de semiescravidão, só que no século 21.

 Além disso, a utilização de plataformas pela internet para evitar a responsabilidade de pagamento de impostos, que empurra tais taxas para os usuários, também é uma forma dessas empresas não cumprirem com seus deveres.

Para o presidente da Fetoprar, Moacir Ribas Czek, essa economia só torna cada vez mais vulnerável os trabalhadores. Por isso, a Fetropar tem o compromisso de lutar contra a uberização do trabalho, que nada mais é que uma forma de deteriorar e acabar com os direitos dos trabalhadores que já estão fragilizados pelo desemprego.

Fonte: Fetropar