Em assembleias realizadas na segunda-feira (25), os trabalhadores da empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) – que representa 85% da frota da cidade – decidiram por unanimidade pela realização de uma greve a partir de 4 de abril.

Os trabalhadores já estavam em estado de greve desde o final do ano passado porque a empresa tem se negado a assinar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), João Batista da Silva, o sistema de transporte público de Londrina é operado por duas empresas. A empresa Londrisul Transportes Coletivos – que representa 15% da frota na cidade – já terminou as negociações e assinou o ACT para os trabalhadores.

Enquanto isso, a empresa TCGL – que compõe o maior número de trabalhadores –, se nega a assinar o acordo, apesar das inúmeras tentativas de negociação do Sinttrol.

“A assembleia foi expressiva e nossa perspectiva é que o movimento cresça até quinta-feira da próxima semana, data definida pelos trabalhadores para o início da greve. A paralisação será por tempo indeterminado, pois os trabalhadores não podem ser prejudicados pela empresa dessa forma”, afirma João Batista.

Ainda segundo o presidente do Sinttrol, a justificativa da empresa para não assinar o acordo seria a insegurança do processo licitatório. “Porém, esse argumento não se mantém. Os trabalhadores não podem ser prejudicados por problemas que dizem respeito apenas ao empresariado e ao poder público”, conclui João Batista.

Fonte: SINTTROL