O 10 de agosto, que recebeu o nome de Dia do Basta, promete ser o primeiro de uma série de mobilizações que fazem parte do calendário das centrais sindicais para denunciar as medidas do governo de Michel Temer e massificar a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora em todo o país. O objetivo é colocar no debate eleitoral as 22 propostas dos trabalhadores para o país sair da crise. 

“As eleições de 2018 são uma oportunidade para recolocar o país em outra trajetória de desenvolvimento econômico, social e ambiental”, diz o texto de apresentação do documento subscrito por sete centrais sindicais brasileiras.

São 13 milhões de desempregados, 66 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho e aumento do trabalho por conta própria e informal. De acordo com sindicalistas, a reforma trabalhista de Michel Temer e aliados (incluindo os empresários da Fiesp e Confederação Nacional da Indústria) tem sido responsável pela degradação vivida atualmente pelo trabalhador.

“A classe trabalhadora vai mudar os rumos do país para que volte ao caminho do desenvolvimento e crescimento econômico”, lembrou no ato na Paulista o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira da Silva.

Para o presidente licenciado da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo (foto), o retrato do Brasil atualmente é a “degradação humana”. “Foi o que aconteceu a partir do golpe que colocou Michel Temer na presidência. É preciso ter sagacidade para unir o campo democrático popular em um esforço para derrotar o neoliberalismo”, completou Adilson.

Wagner Fajardo, do sindicato dos metroviários de São Paulo, discursou afirmando que é a unidade da luta dos trabalhadores que vai garantir a derrota do projeto de Temer e aliados nas eleições. Ele denunciou a privatização da linha 5 do metrô em São Paulo, concretizada no final de semana. Bandeira de Temer, as privatizações avançaram em São Paulo com o tucano Geraldo Alckmin, candidato à presidência da República com o apoio da base de sustentação de Temer.

“O que vemos hoje são famílias inteiras nas calçadas, o desmonte das políticas sociais e o ataque aos direitos dos trabalhadores. Estamos protestando em frente à Fiesp porque eles foram os grandes protagonistas do golpe e da retirada dos direitos dos trabalhadores. Queremos a democracia de volta e queremos Lula Livre para que possa ser candidato para recuperar os nossos direitos”, declarou Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Fonte: Portal Vermelho