Com acesso a transporte público de qualidade, o cidadão chega mais rápido em casa, tem melhor qualidade de vida, trabalha menos cansado e tem mais facilidade para chegar em seus destinos diários. Todos esses fatores contribuem para o bem-estar do usuário.

Mas ele não é o único beneficiado. A mobilidade urbana de qualidade significa melhores condições de trabalho para os funcionários que atuam nessas áreas, principalmente os motoristas e cobradores. Investir em corredores de ônibus e melhor a qualidade do asfalto, por exemplo, são medidas que ajudam no fluxo do trânsito das cidades e fazem com que os motoristas tenham maior facilidade para cumprir com seus horários.

A lei n° 12.587, de 3 de janeiro de 2012, institui diretrizes da Política de Mobilidade Urbana do Brasil. A lei prevê a integração entre diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade de pessoas e cargas nas cidades brasileiras.

Essa lei também exige que municípios com mais de 20 mil habitantes tenham planos de mobilidade urbana em até três anos, que deveriam ser integrados aos planos diretores. Porém, colocando a culpa na crise, poucas cidades têm investido nisso. Muitas obras estão paradas, corredores de ônibus não foram entregues e as cidades seguem com trânsitos caóticos, passageiros estressados e motoristas em condições de trabalho longe do ideal.

É preciso lembrar que boas condições de trabalho para os motoristas envolvem também veículos modernos e com a manutenção em dia. Os trabalhadores precisam que seu principal instrumento de trabalho esteja em boas condições e que garanta seu conforto, saúde, segurança e assegure que ele poderá realizar sua função da melhor maneira possível.

De acordo com o presidente da Fetropar, João Batista da Silva, os trabalhadores devem ficar atentos e exigir condições ideais de trabalho. “O governo não investe na melhoria da mobilidade urbana, o que prejudica passageiros e motoristas. Porém, as empresas também devem fornecer veículos novos e em excelente estado para que os trabalhadores possam realizar seu trabalho de forma segura”, afirma.

O empregado que for obrigado a trabalhar em más condições deve entrar em contato com seu sindicato local e relatar o problema, para que a entidade possa apurar os fatos e buscar a melhor solução para o trabalhador.

Fonte: Fetropar