Não é novidade ouvir que os caminhoneiros movem o Brasil. Até porque, segundo a Confederação Nacional dos Transportes, 61,1% de todas as cargas movimentadas no território nacional estão nas boleias desses trabalhadores.

A verdade é que a vida na estrada não é fácil e para que não piore, é preciso estar atento aos detalhes, se informar e evitar riscos. É o que explica o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, sobre a formação dos motoristas:

“É importante, por exemplo, que o caminhoneiro conheça as nove classes de produtos perigosos, além das cores e símbolos relacionados. É fundamental o entendimento da ficha de emergência, que contém telefones úteis e outras instruções, sem contar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI)”, pontua.

MOPP

Questionado sobre algum curso de aprimoramento que ele considera fundamental, o dirigente cita o curso para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos – MOPP (Movimentação Operacional de Produtos Perigosos):

“Há produtos que não são comuns no vocabulário do povo. Às vezes, em um acidente, um material tóxico pode se espalhar pela via e causar um dano ainda maior quando algum civil entra em contato”, explica João.

O dirigente usa como exemplo a questão do carbureto de cálcio. Esse produto, quando molhado, solta um gás inflamável que, em contato com a água, alimentaria o fogo:

“Já imaginou uma carga com esse produto vazando num acidente? Se ela se espalha pelo asfalto, pode gerar um foco de incêndio. Se alguém tentar ajudar jogando água, pode piorar a situação”, explica.

A indicação, em casos como esse, é a utilização do pó químico seco. O condutor do caminhão precisa ter conhecimento desse tipo de questão e explicar para o leigo que é necessário aguardar a chegada dos bombeiros.

“Claro que é um caso hipotético, mas exemplifica a importância de se ter conhecimento sobre transportes de cargas de produtos perigosos”, conclui o presidente do Sinttrol.

Fonte: Sinttrol