Com a data-base da categoria se aproximando, em 27 de janeiro, o Sindicato dos Empregados em Escritório e Manutenção nas Empresas de Transportes de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindeesmat) realizou a primeira rodada de negociações com o setor patronal para discutir as reivindicações dos trabalhadores para 2016.
Para atender às pautas dos cerca de três mil trabalhadores representados pelo Sindeesmat, participaram da reunião o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), a Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec).
O reajuste salarial foi o assunto que deu início às discussões da mesa redonda mediada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE-PR).
A proposta apresentada pelo Setransp foi de garantir o reajuste do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que valeria para os salários e demais parcelas de natureza econômica.
Porém a categoria já havia reivindicado o reajuste com 10% de aumento real além do INPC, o que foi defendido pelo presidente do Sindeesmat, Agisberto Rodrigues Ferreira Junior, na reunião.
“Com a crise econômica que atinge o país, a classe trabalhadora é quem está sendo mais prejudicada, com perda de direitos e de poder de compra. Com a inflação disparando, temos que garantir a reposição inflacionária, mas também evitar que a categoria seja prejudicada ao longo do ano”, frisou Agisberto.
De acordo com a Urbs, que já havia recebido uma cópia da pauta do Sindeesmat, a proposta do patronal está dentro do limite de reajuste já pactuado entre poder concedente e concessionárias, nos contratos de concessão. A Comec também concordou em atender no máximo ao INPC para garantir o reajuste salarial e econômico.
Já em dezembro do ano passado, o Sindeesmat havia protocolado a pauta de reivindicações da categoria junto ao patronal. No entanto, o Setransp afirmou, na reunião, que ainda não havia analisado as cláusulas sociais do rol, e que, a princípio, trataria antes das cláusulas econômicas.
“Temos um total de 46 cláusulas aprovadas pela categoria em Assembleia e todas elas têm uma importância significativa para a vida do trabalhador. Precisamos discuti-las e assegurar que as principais reivindicações sejam garantidas”, destacou o presidente do Sindeesmat.
Como não foi firmado um acordo ao fim da reunião, o Sindeesmat propôs, ainda, a garantia da data-base por 30 dias, prorrogáveis por mais 30, o que foi aceito pelo patronal. Novas rodadas de negociações coletivas de trabalho ainda serão realizadas até as partes chegarem a um consenso.
O próximo encontro ocorrerá em 3 de fevereiro, para tratar das cláusulas sociais.
Fonte: Sindeesmat